sexta-feira, 27 de abril de 2018

COMO ESTÁ A NOVA GESTÃO DO BRASIL? SOMENTE EM MARÇO AUMENTOU A DIVÍDA EM QUASE 32 BILHÕES

Dívida pública sobe 1,51% em março, para R$ 3,63 trilhões

Segundo o Tesouro Nacional, aumento foi provocado pela emissão de títulos públicos, que serve para o governo obter recursos, e gastos com juros.

Por Alexandro Martello, G1, Brasília
 



A dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro do Brasil e no exterior, cresceu 1,51% em março, para R$ 3,636 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta sexta-feira (27). Em fevereiro, a dívida somava R$ 3,582 trilhões.
O aumento da dívida pública ocorreu porque o governo emitiu mais papéis no mercado para obter recursos junto a investidores. Com esse dinheiro, o governo financia suas ações, mas depois paga juros a esses investidores.
De acordo com o Tesouro, o total de novas emissões ficou R$ 23,949 bilhões acima do volume de resgates (retirada de títulos do mercado) em março. Já as despesas com juros da dívida somaram R$ 30,233 bilhões no mês passado.
A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar por despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 14,3%, segundo números oficiais. A expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional é de uma nova alta em 2018, podendo chegar a quase R$ 4 trilhões no fim de 2018.
Dívida Pública
Em R$ trilhões
2,2952,2952,7932,7933,1123,1123,5593,5593,6363,63620142015201620172018 (até março)01234
Fonte: Tesouro Nacional

Dívidas interna e externa

Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como externa.
Dívida interna: foi registrado uma alta de 1,47% em março, para R$ 3,507 trilhões, contra R$ 3,456 trilhões em fevereiro. Neste caso, o aumento foi de R$ 51 bilhões.
Dívida externa: resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, contabilizou uma alta de 2,64% no em março, para R$ 128,91 bilhões. O aumento da dívida externa foi de R$ 3,32 bilhões.

Compradores

Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna registrou queda em março.
No mês passado, os não residentes detinham 11,84% da dívida total, o equivalente a R$ 415 bilhões, contra 12,39% do total da dívida interna (R$ 428 bilhões) em fevereiro.
Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás de:
  1. fundos de investimento (R$ 1,024 trilhão, ou 29,21% do total);
  2. fundos de previdência (R$ 799 bilhões ou 22,8% do total);
  3. instituições financeiras (22,39% do total, ou R$ 785 bilhões).

Perfil da dívida

Em março deste ano, o percentual de papéis prefixados totalizou 36,39%, ou R$ 1,276 trilhão, contra 35,28%, ou R$ 1,219 trilhão, fevereiro. Os números foram calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial".
Os títulos atrelados à taxa Selic (pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação diminuída em março. Em fevereiro, representavam 31,3% do total (R$ 1,082 trilhão), caindo para 30,2%, ou R$ 1,060 trilhão, em março deste ano.
A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação), que estava em 30,74% em fevereiro, o equivalente a R$ 1,062 trilhão, recuou para 30,73% do total, ou R$ 1,077 trilhão, em março deste ano.
Já os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, que somaram 2,66% do total em fevereiro, ou R$ 91,80 bilhões, ficaram estáveis no mesmo patamar de 2,66%, equivalentes a R$ 93,15 bilhões, no mês passado.
Fonte: G1.com.br

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