Na manhã desta quarta-feira, 23 de maio, os membros do Consep fizeram as últimas considerações sobre o texto base da Campanha da Fraternidade (CF) de 2019, sobre Políticas Públicas. Depois desse trabalho, somente a equipe executiva da Campanha e a secretaria-geral da CNBB devem se encarregar na finalização da formulação do documento que vai servir de referência para a animação da campanha do ano que vem.
Texto-base
P. Luís Fernando,
secretário-executivo da CF, fez um rápido relato sobre as mudanças feitas no
texto de trabalho com as indicações feitas pelos bispos na reunião de novembro
do ano passado quando o Consep tratou do assunto.
Tradicionalmente, os textos que
servem de instrumento principal de reflexão na execução da CF trazem a
estrutura que corresponde ao método consolidado do “ver, julgar e agir”. Dom
Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, propôs um amplo debate dos bispos
sobre o primeiro capítulo sobre a apresentação da realidade das políticas
públicas no Brasil.
Ver
Os bispos fizeram intervenções que
chamaram atenção para a linguagem usada no texto. Consideram que para uma boa
compreensão do que significa política pública é preciso que se adote uma
linguagem bem compreensível para as lideranças que vão atuar na CF
2019. E que é preciso sempre lembrar que talvez fosse necessária uma
tradução dos textos corretos, mas muito denso. Outro aspecto levantado foi um
excessivo enfoque em dados estatísticos no texto atual e que seria necessário
considerar exemplos de execução de políticas públicas, com ênfase nas políticas
públicas de estado e não apenas nas políticas de governos.
Ficou acertado ainda que, finalizada
a reunião, a equipe responsável pela organização do texto deverá enviar o
material para um olhar final dos bispos de modo a consolidar uma
responsabilidade conjunta do Consep sobre o texto final.
Julgar
Os bispos fizeram várias reflexões a
respeito do discurso teológico apresentados na segunda parte do texto da CF
2019. Assessores também colaboraram na reflexão e apontaram para possibilidades
de esclarecimentos de termos e de expressões sobre a doutrina da Igreja de modo
que o texto reforce a compreensão do discurso sobre a fé que as lideranças
terão oportunidade de aprofundar durante a campanha.
No debate dos bispos também ganhou
espaço considerações sobre referências bíblicas feitas no texto de modo que as
informações sejam dadas com maior precisão para que se evite digressões
arriscadas. Uma sugestão foi dada de que no texto se considerasse a riqueza da
reflexão sobre a caridade suscitada pela vivência da fé manifestada no período
da Patrística, além de menções ao tema feito pelo Magistério dos últimos
pontificados.
Agir
A ênfase mais clara à necessidade de
maior relação fé e vida foi ressaltada como um dos expressivos ganhos das
últimas intervenções feitas no texto da CF 2019 desde novembro do ano passado.
Entre as várias considerações, houve quem insistisse de que seria importante
serem citadas, com clareza e sem julgamento, as forças vivas da sociedade que
atuam no acompanhamento da elaboração e da execução de políticas públicas
realizadas por organizações da sociedade civil e com destaque a iniciativas de
pessoas e comunidades.
Na reflexão sobre esta parte do
texto da CF 2019, alguns bispos insistiram que nas pistas de ação fosse
estimulada uma busca de iniciativas locais. Também foi lembrada a importância
do documento 105 da CNBB, sobre os cristãos leigos e leigas, no qual se
encontra referência explícita a iniciativas dos cristãos no campo da elaboração
e aprimoramento das políticas públicas no Brasil.
Cartaz
P. Luís Fernando apresentou os
cartazes que concorrem a se tornar a identidade visual para a CF 2019. Ele
explicou que reuniu as candidaturas que vieram a partir do Edital lançado em
2017. Cada uma das peças apresentadas foi acompanhada de uma defesa da ideia
representada no cartaz. Os bispos apresentaram um briefing que foi devidamente
assimiladas nas proposições feitas a grupos de comunicação que também enviaram
propostas para o cartaz.
As políticas públicas, símbolos
ligados às cores nacionais e o texto do tema e lema foram considerados nas 12
peças finalistas para avaliação dos bispos. Cada um dos membros do Consep pode
fazer considerações gerais sobre aos conceitos manifestados nas propostas de
cartazes. Alguns elementos foram levantados como critérios para a avaliação das
peças: comunidade, saúde, trabalho, idoso, criança, Brasil.
Depois do debate, dom Leonardo
conduziu uma rápida eleição das melhores peças e, mesmo tendo que fazer ajustes
finais, foi escolhida uma das peças que servirá como uma espécie de marca para
todo o material da CF 2019.
Música
Dom Leonardo passou, no final da
manhã, a palavra para o Ir. Fernando Vieira, assessor da Comissão de Liturgia
da CNBB. Ele contou aos bispos que recebeu 19 propostas de letra para o hino da
CF 2019. Ele disse também que contou com a colaboração do P. José Weber no
trabalho de avaliação das composições enviadas à CNBB por força do Edital
lançado em 2017.
Dom Leonardo informou que os bispos
escolhem a letra que depois será devolvida para a composição da melodia e que é
sempre importante considerar se o texto traz o tema e o lema da Campanha. Um
dos trabalhos apresentados, que posteriormente será divulgado, foi escolhido
para ser o hino oficial.
Fonte CNBB
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