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Mulheres que conversam. |
No
texto, os grupos agradecem ao Pontífice pelo “seu interesse pastoral pela
realidade da vida e suas vicissitudes”.
Cidade do Vaticano
Os grupos “Mulheres Católicas Falam” e “Vozes de Fé” (Catholic
Women Speak and Voices of Faith) escreveram uma carta aberta ao Papa Francisco.
No texto, os grupos agradecem ao Pontífice pelo “seu interesse
pastoral pela realidade da vida e suas vicissitudes”.
“Agradecemos pelo seu espírito de compaixão, alegria e
misericórdia que incentiva a nossa fé e nos comprometemos a trabalhar com o
senhor e os líderes da Igreja por um mundo mais justo e sustentável”, destacam
na carta.
Incentivar a participação das mulheres na vida da Igreja
“Apreciamos também o seu desejo de incentivar a participação das
mulheres na vida da Igreja. É neste contexto que nos sentimos impelidas a ler o
Novo Estatuto do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, instituído pelo
senhor em 8 de maio deste ano.”
“Notamos o tom pastoral, compassivo e acrítico em relação a
algumas dificuldades que as mulheres enfrentam, incluindo a procriação
responsável e o reconhecimento dos desafios relacionados à gravidez e ao
aborto. Concordamos com tudo o que está escrito no documento, no entanto, nos preocupa
o artigo 9, que diz o seguinte:
“O novo organismo trabalha para aprofundar a reflexão sobre a
relação entre homem e mulher em suas respectivas especificidade, reciprocidade,
complementaridade e igual dignidade. Valorizando o “gênio” feminino, dá a sua
contribuição na reflexão eclesial sobre a identidade e missão da mulher na
Igreja e na sociedade, promovendo sua participação.”
Natureza das mulheres
“Este pressupõe uma série de pontos sobre a natureza das
mulheres e sugere que as mulheres são um objeto de estudo, mas igual no
diálogo. Muitas de nós têm sérias preocupações quanto ao termo “gênio
feminino”. Acreditamos que as qualidades atribuídas a ele devem ser comuns a
todos os cristãos e não exclusivas das mulheres.”
“Também pensamos que conceitos como “especificidade,
reciprocidade, complementaridade e igual dignidade” devem ser desenvolvidos e
interpretados de uma forma que leve em conta todas as experiências vividas
pelas mulheres, seus dons e habilidades.”
“O senhor muitas vezes insiste que as realidades vêm antes das
ideias, no entanto, no que diz respeito às mulheres, muitas vezes somos citadas
mais na linguagem das ideias do que na linguagem que expressa a rica
diversidade de nossas vidas nas diferentes culturas e contextos.”
Mulheres engajadas no diálogo com a hierarquia
“Para mudar isso, acreditamos na necessidade de que haja um
número maior e uma maior diversidade de mulheres engajadas no diálogo com a
hierarquia. A sua profunda e inspiradora reflexão sobre o diálogo nos
parágrafos 136 e 141 de “Amoris Laetitia” seria um guia excelente para que tal
diálogo aconteça.”
“Estamos dispostas a participar deste processo de diálogo para o
bem dos indivíduos, famílias e comunidades de todo o mundo, e oferecer os
nossos serviços como parceiras e trabalhadoras em Cristo.”
Fonte: Vatican News
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