O que é Pentecostes? Bem do ponto de vista
etimológico é o evento que se dá no quinquagésimo dia, no caso 50 dias depois
da Páscoa. Mas se apegar à etimologia seria muito pouco para expressar a
dimensão daquele fato em Jerusalém. O que mais importa é o que aconteceu no dia
de Pentecostes, a saber, a infusão do Espírito Santo, seu significado teológico,
espiritual, eclesiológico e até pastoral. Um artigo não esgota toda a
reflexão sobre um tema desta, mas dizem as Sagradas Escrituras que eles estavam
lá, isso mesmo, trancadas, preocupados e até como medo. Estavam Maria e o
que sobrou dos doze. João dá esta notícia referindo-a ao fim do primeiro dia da
semana – Dia da ressurreição – (Jo. 20, 19-22). Lucas dá a mesma notícia, mas a
coloca na festa das colheitas, 50 dias depois da Páscoa, que aliás, já
era chamada de Pentecostes desde a dominação grega sobre o mundo hebraico, no
fim do período veterotestamentario. A informação de Lucas nos Atos
dos Apóstolos é que eles estavam no mesmo lugar, e Ele veio, O Espírito Santo desceu como um vento
forte e com línguas de fogo. Vento ou fogo o certo é que desceu sobre a
comunidade germinal, como Jesus prometera. (Jo. 14, 16) E eis que mais um
acontecimento marcou a vida daqueles irmãos e da humanidade inteira. De
medrosos e recolhidos, a atrozes anunciadores, da pessoa e do projeto de Jesus
Cristo, foi um passo rápido ( At. 2, 1-13).
Apesar de ter havido outras, essa infusão do Espírito Santo em
Jerusalém, segundo os Atos Apostolo, é a mais conhecida e falada. De fato,
convencionou-se dizê-la o marco inaugural da Igreja de Cristo. Isso nos
permite dizer que somos a primeira igreja pentecostal da História. A despeito,
do falar em línguas e das línguas de fogo, destacamos o “vento impetuoso”, que
significa a presença de Deus e o impulso profético e missionário da comunidade.
Desta forma, a vida sob a força do Espírito Santo faz-se cada vez mais
necessária, para que tenhamos uma Igreja que dinamicamente sempre se descubra e
permaneça missionária, principalmente a partir da multidão dos seus
leigos e suas leigas, homens e mulheres pentecostais, como “sal da terra e luz
do mundo”. (Mt. 5, 13-14)
Texto: Pe. Nilton Lima
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