Neste domingo, 27 de maio, a Igreja
celebra a solenidade litúrgica da Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, três pessoas e um só Deus verdadeiro. Esta celebração convida
os cristãos a rezar e a agradecer o convite que Jesus faz para voltar com ele
ressuscitado, para sua pátria: a Trindade.
“Esta celebração nos convida a
celebrar a criação que é obra da Trindade, celebrar a humanidade vocacionada à
fraternidade e solidariedade: um só é vosso Pai! E eu e o Pai somos um”,
destaca dom Cipollini.
Ainda segundo o bispo, de junto do
Pai Jesus ressuscitado envia o Espírito Santo que nos santifica e nos torna
santificadores deste mundo. “Espírito de Verdade e amor
derramado em nossos corações para compreendermos que Jesus é o enviado do Pai e
crermos nele, ouvindo e vivendo o que ele nos ensinou”.
O mistério da Trindade que não pode
ser entendido porque é um mistério está nas origens da fé viva da Igreja,
principalmente através do Batismo. “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de
Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós” (2Cor 13,13; cf.
1Cor 12,4-6; Ef 4,4-6) já pronunciavam os Apóstolos.
Santo Agostinho dizia que: “O
Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna
deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (A Trindade, 15,26,47).
“Trazemos para nossa vida o mistério
da Trindade quando conhecemos Jesus que nos revela este mistério e é o caminho
para adentrarmos nele. Quando brota em nós a paixão para a unidade e o amor
vividos na busca continua da Verdade que se revela em Jesus, aí então o
Mistério da Trindade se torna realidade para nós”.
Dom Cipollini ressalta que é preciso
aprender a viver a unidade na diversidade unidos pelo amor. “Viver a Trindade é a partir da fé abater tudo o que divide e
construir pontes que integram”.
“Celebrar a Santíssima Trindade
representa para a Igreja celebrar a fonte de onde ela emana”,
diz o bispo de Santo André (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral
para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom
Pedro Carlos Cipollini.
Esse mistério central da fé cristã é
ressaltado no concílio Vaticano II: a Igreja brota da Trindade. Outra definição
bem didática foi escrita pelo bispo teólogo de Ilhéus (BA), já falecido, dom
Valfredo Tepe, “o Pai projeta a Igreja, Jesus a funda e o Espírito Santo a
administra”.
Fonte: CNBB
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