segunda-feira, 11 de junho de 2018

APRESENTADO DOCUMENTO PREPARATÓRIO PARA O SÍNODO DA AMAZÔNIA


Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), presidiu a celebração de abertura do evento na sexta-feira, 8 de junho, no auditório da CNBB, em Brasília e em seguida falou da importância da realização do Sínodo para a Amazônia. Para ele, é vital que seja realizada essa Assembleia Sinodal, já que a realidade da Amazônia é de sofrimento. “Realidade sofrida significa os povos estão sofridos, e não apenas os indígenas, mas os ribeirinhos, os povos que vivem do extrativismo, grupos isolados que não têm contato com os brancos”, lembrou Dom Leonardo. “É muito importante a Igreja refletir essa realidade, e, por isso, o papa está chamando para Roma”, destacou o secretário-geral da CNBB.

“Amazônia: novos caminhos para a igreja e para uma ecologia integral” é o tema do Sínodo que será realizado em outubro do ano que vem, mas que, de acordo com Papa Francisco, em janeiro desse ano, na visita ao Peru, em Porto Maldonado, já iniciou. Irmã Maria Irene Lopes, assessora da Comissão Episcopal para a Amazônia, secretária executiva da REPAM-Brasil, Delegada da Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas (CLAR) na Comissão Preparatória do Sínodo e única mulher da equipe, apresentou o Documento e os passos que serão realizados a partir de agora. “O material tem três fases, o ver, o discernir e o agir, e nos propõe a fazer isso a partir da Amazônia, das pessoas que estão lá”, frisou irmã Irene.

O objetivo do material é preparar as comunidades para o Sínodo e ouvi-las, para que essa grande assembleia repercuta, de fato, os clamores que saem das bases, o que é um desejo expresso do Papa Francisco. De acordo com a religiosa o material precisa chegar a todas as pessoas do território amazônico para contribuírem no processo. “O Documento será utilizado nas assembleias territoriais, realizaremos cerca de 40 ao longo dos próximos meses, e esse momento será de escuta das bases: os indígenas, os quilombolas, os ribeirinhos, as pessoas das cidades, os jovens… esse documento vai para as mãos das pessoas que estão na Amazônia”, reforçou irmã Irene.

Após esse período de escuta, os questionários serão retomados pela equipe de assessores, sintetizados e transformados no Documento de Trabalho, que deverá ser encaminhado aos participantes do Sínodo.
Fonte: CNBB
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário