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Maranhão |
O
sacerdote comboniano Dario Bossi é um dos nossos representantes na conferência
“Salvar a nossa Casa Comum e o futuro da vida na Terra”, que celebra no
Vaticano os 3 anos da Encíclica Laudato si. A Rede Eclesial Pan-amazônica
(REPAM) está presente com uma representação indígena.
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Três anos depois da
publicação da Encíclica Laudato si, o Vaticano promove
a conferência internacional “Salvar
a nossa Casa Comum e o futuro da vida na Terra”. O encontro, organizado
pelo Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral e o Movimento Católico
Global pelo Clima, será nos dias 5 e 6 de julho e reunirá na Sala do Sínodo
especialistas e representantes dos vários continentes.
O objetivo, partindo do
questionamento do Papa Francisco: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem vai
nos suceder, às crianças que estão crescendo?” (LS,160) é chamar a atenção para
a profunda urgência e preocupação pela precária condição do nosso planeta.
Os males da mineração
Hoje, a riqueza da floresta
e dos rios da Amazônia, por exemplo, está ameaçada pelos grandes interesses
econômicos que se alastram sobre diferentes regiões do território. Tais
interesses provocam, entre outras coisas, a intensificação do desmatamento
indiscriminado na floresta, a contaminação dos rios, lagos e afluentes (por
causa do uso indiscriminado de agrotóxicos, derrame de petróleo, dos derivados
da produção de drogas e da mineração legal e ilegal).
A participação
brasileira: Padre Dario Bossi, Igrejas e Mineração
O sacerdote comboniano
chegado no Brasil há 10 anos e aliado do povo de Açailândia na luta contra os
impactos da mineração ilegal naquela região maranhense, é um dos nossos
representantes no evento.
“ A atividade extrativa
fere o ventre da Mãe-Terra de forma irresponsável e ameaça as comunidades,
especialmente as que se opõem a esta agressão, e que acabam sendo criminalizadas
e perseguidas ”
“Traremos nossas
experiências, os conselhos que vêm da base, o grito do povo. Não podemos mais
fechar os olhos e os ouvidos. Ou agora ou nunca mais”.
Povos indígenas são
mais avançados do que nós
“Em nome dos povos
latino-americanos e brasileiros, gostaria de agradecer ao Papa pelo carinho,
sobretudo pela intuição que ele está tendo: dentro das culturas e
espiritualidades indígenas existe uma verdade, que é a verdade de Deus, que
Deus semeou junto com a Criação. Estes povos, que evoluíram e que hoje são mais
avançados do que nós, porque sabem viver com o meio ambiente de forma mais
integrada do que nós, evoluíram sem perder a semente deixada por Deus".
"O Papa diz que temos
que escutá-los, mesmo que sejam uma minoria. Isto a Igreja pode ensinar: é nas
minorias, nas pequenas periferias, nas coisas mais escondidas que se encontra o
segredo de Deus. Queria dizer isso a ele. Sigamos e estamos contigo, porque
acreditamos nisso também”.
Fonte: Vatican News
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