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Papa na Amazônia: Puerto Maldonado Janeiro, 2018.(AFP or licensors) |
O arcebispo de Porto Velho, (RO) e
Presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), membro do Conselho
Pré-sinodal para a Assembleia Especial do Sínodo para a Pan-amazônia, concedeu
entrevista ao Vatican News.
Cristiane Murray
– Cidade do Vaticano
“Ser Igreja
significa ser povo de Deus”, encarnado nos povos da Terra e em suas
culturas. Portanto, a universalidade ou catolicidade da Igreja se enriquece com
a beleza do rosto pluriforme das diferentes manifestações de suas Igrejas e
suas culturas.
O Papa Francisco,
em seu encontro com comunidades amazônicas em Puerto Maldonado, se expressou
assim: “Nós, que não habitamos nestas terras, precisamos da vossa sabedoria e
dos vossos conhecimentos para podermos penetrar, sem o destruir, o tesouro que
encerra esta região, ouvindo ressoar as palavras do Senhor a Moisés: `Tira
as tuas sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa´”.
Os povos originários
de nossas terras são os indígenas, que nelas habitam há 4, 5, até 8 mil anos.
Com eles, ainda vivem na Amazônia grandes comunidades de quilombolas
(descendentes dos escravos africanos) e populações ribeirinhas, que cultivando
as terras e pescando nos rios, mantêm também sua relação harmoniosa com a
Criação.
“ Estes povos não
podem ser esquecidos e ignorados, e a Igreja deve contemplar a sua sabedoria
tradicional ”
Dom Roque
Paloschi, arcebispo de Porto Velho, (RO) e Presidente
do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). Membro do Conselho Pré-sinodal para
a Assembleia Especial do Sínodo para a Pan-amazônia, encontra-se em Roma e
esteve em nossos estúdios.
Referindo-se ao Documento Preparatório do Sínodo,
ele afirma ainda que “é um convite ao diálogo, a escutar e buscar; a ter a
coragem e a ousadia de nos deixarmos conduzir pela ação do Espírito Santo e
tentar dar respostas condizentes aos desafios de hoje na realidade
pan-amazônica”.
Fonte: Vatican News
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