sábado, 28 de julho de 2018
DOM ORANI: O LEGADO DA JMJ CINCO ANOS DEPOIS
Celebra-se nestes dias de julho a
primeira Viagem Apostólica Internacional do Papa Francisco. E foi justamente ao
Brasil, para participar da Jornada Mundial da Juventude. O cardeal Orani João
Tempesta recorda ao Vatican News aqueles históricos momentos!
Cidade do Vaticano
Celebramos nestes dias o V aniversário da primeira Viagem
Apostólica internacional do Pontificado do Papa Francisco, que o levou ao Rio
de Janeiro, por ocasião da 28ª Jornada Mundial da Juventude, que teve como
tema: “Ide e fazei discípulos em todas as nações!” (Mt 28,19).
De 22 a 29 de julho de 2013, portanto, Francisco se encontrava
no Rio de Janeiro para o grande evento eclesial juvenil, o primeiro em um país
de língua portuguesa e o segundo na América do Sul, que se realizou na
Argentina em 1987.
O ponto alto das atividades de Francisco foi a celebração
Eucarística, na Praia de Copacabana, que contou com a participação de mais de
três milhões e meio de peregrinos.
Contudo, ao chegar ao Rio de Janeiro, o Papa se dirigiu ao
Palácio da Guanabara, para a cerimônia oficial de boas vindas, em um carro
comum, - uma novidade do seu Pontificado -. Alguns imprevistos no trajeto e o
congestionamento no trânsito facilitaram uma maior proximidade das pessoas ao
Papa, que fez questão de deixar os vidros abertos, para a grande preocupação
dos seguranças.
Enquanto o Papa descansava da longa viagem, o cardeal-arcebispo
do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, presidiu à Missa de abertura da JMJ
em Copacabana.
No dia seguinte (24/7/13), o Papa mariano não pôde deixar de
fazer uma visita à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, onde presidiu à
celebração Eucarística.
Francisco havia visitado o Santuário em maio de 2007, quando era
cardeal-arcebispo de Buenos Aires, por ocasião da V Conferência Geral do
Episcopado da América Latina e do Caribe.
Na homilia da sua primeira Missa no Santuário, o Santo Padre
dirigiu-se, de modo especial, aos jovens, com mensagens de esperança e alegria.
Voltando ao Rio de Janeiro, Francisco visitou o Hospital São
Francisco de Assis, um centro de recuperação de dependentes químicos, onde
exortou os presentes a seguir o exemplo de São Francisco.
Depois, visitou a Comunidade de Varginha, no bairro de
Manguinhos. Visivelmente comovido e sentindo-se bem à vontade entre os
moradores, o Papa dirigiu-lhes palavras de afeto, abraçando e abençoando a
todos. Tanto que até chegou a entrar em uma igreja evangélica e em uma casa da
comunidade.
Maravilhosa e inesquecível a cerimônia de Acolhida do Papa em
Copacabana, por cerca de um milhão de jovens, que o receberam com cantos e apresentações
artísticas. Uma brasileira falou-lhe, em nome dos presentes, da fé do povo, de
norte ao sul do país, e ofereceu-lhe uma muda de Pau Brasil, árvore nativa do
Brasil.
No quarto dia (26/7/13), o Pontífice atendeu confissão de cinco
jovens, na Quinta da Boa Vista; encontrou oito menores infratores, dos quais
recebeu uma cruz com a inscrição: "Candelária nunca mais" e com o
nome dos adolescentes mortos na Chacina da Candelária; e ao encontrar os fiéis,
no bairro da Glória, dirigiu seu pensamento aos idosos e ao diálogo entre as
gerações.
Na Via Sacra, que presidiu com os Jovens, em Copacabana, com
encenações das estações, o Papa abordou temas de atualidade, como a defesa da
vida, o problema das drogas, a violência, que aflige a sociedade, entre outros.
Entre outras atividades em terras brasileiras, o Santo Padre
celebrou Missa na Catedral Metropolitana para os Bispos e religiosos do país;
no Theatro Municipal, abordou a importância de um “diálogo construtivo” diante
dos desafios da sociedade atual. Ali, representantes indígenas fizeram uma
apresentação e ofereceram ao Pontífice um cocar, que o colocou imediatamente na
cabeça, sob o aplauso dos presentes.
Outro encontro importante, com os jovens do mundo inteiro, foi a
Vigília de Oração na Praia de Copacabana, da qual tomaram parte cerca de três
milhões de peregrinos, aos quais recordou: “Os jovens devem liderar as mudanças
na sociedade”. Ali, os jovens passaram a noite em vigília, dormindo na praia,
em preparação da Missa de Envio, no domingo.
Na ocasião, o Papa convidou os jovens “a saírem às ruas para
expressar seu desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens querem
ser protagonistas da mudança. Por isso, os animou, com base nos valores do
Evangelho, a superar a apatia e a dar uma resposta cristã às inquietudes
sociais e políticas”.
No último dia de permanência no Rio de Janeiro, Francisco
presidiu à celebração da Missa conclusiva de Envio, na Praia de Copacabana, da
qual participaram três milhões e 700 mil peregrinos.
Em sua homilia, o Papa falou sobre a importância da
evangelização dos jovens e a necessidade do seu envolvimento e comprometimento
com a Igreja.
Por fim, ao se despedir da Cidade Maravilhosa, o Papa manteve
ainda um encontro com os Voluntários, ao todo cerca de 15 mil, aos quais
expressou sua gratidão.
As últimas palavras que pronunciou, antes de tomar o avião de
volta para o Vaticano, foi: “Nesse momento, já começo a sentir saudades.
Saudades do Brasil, deste povo de grande coração, deste povo tão amoroso. Este
Papa precisa da oração de todos vocês. Um abraço para todos e que Deus os
abençoe”.
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