segunda-feira, 23 de julho de 2018
OPERÁRIO, SULPRIZIO SERÁ CANONIZADO DURANTE SÍNODO DOS JOVENS
Jovem operário italiano, Núncio
Sulprizio será canonizado por Francisco em 14 de outubro próximo por ocasião do
Sínodo dedicado aos jovens, juntamente com o Papa Paulo VI, o arcebispo
salvadorenho Dom Oscar Romero e outros.
Cidade do Vaticano
No próximo dia 14 de outubro, durante o Sínodo dos Bispos
dedicado aos Jovens, o Santo Padre vai canonizar, no Vaticano, um jovem
operário italiano, Núncio Sulprizio. Natural da região de Abruzzo, Núncio
morreu em 1836, com apenas 19 anos, acometido por um tumor ósseo, causado,
provavelmente, pelas terríveis condições de trabalho, às quais foi submetido
pelo tio na sua serralheria.
Canonizações contemporâneas
Núncio, natural da província
de Pescara, considerado Protetor dos portadores de deficiência e vítimas do
trabalho, será elevado à glória dos altares juntamente com Paulo VI, que o
beatificou, em 1° de dezembro de 1963, durante o Concílio Vaticano II. Serão
canonizados também Dom Oscar Arnulfo Romero, mártir de El Salvador; Padre
Francisco Spinelli, sacerdote diocesano, fundador do Instituto das Irmãs
Adoradoras do Santíssimo Sacramento; Padre Vicente Romano e Irmã Maria Catarina
Kasper, fundadora das Pobres Servas de Jesus Cristo.
Misteriosos aspectos
O milagre, que levou este
humilde operário de Abruzzo à santificação, consiste na cura de um jovem de
Taranto, no sul da Itália, gravemente ferido em um desastre de moto, que o
deixou em coma e em estado vegetativo.
Os pais do jovem, que
levavam sempre em sua carteira a imagem do Beato Núncio Sulprizio, pediram uma
sua relíquia à paróquia de São Domingos Soriano, em Nápoles, onde descansam
seus restos mortais.
A relíquia foi colocada na
UTI, onde se encontrava o jovem de Taranto, para que o Beato intercedesse junto
a Deus pela sua cura. Além do mais, o pai molhou rosto do rapaz em coma com a
água benta, trazida da Fonte Riparossa, onde o Beato Núncio, quando criança,
lavava sua perna em gangrena.
Após alguns dias, o pessoal
sanitário comunicou que o rapaz não precisava mais de reanimação. Em quatro
meses, o jovem saiu do estado vegetativo, recuperou rápida e estavelmente as
funções neurológicas e mentais, sem ficar inválido.
Uma vida de sofrimento desde
a infância
A vida de Núncio Sulprizio
foi marcada por grandes sofrimentos, vividos com fé e obediência à vontade de
Deus. Ao perder seus pais, quando tinha apenas quatro anos, e depois também a
avó materna, com nove anos, foi acolhido por um tio, que o tirou da escola e o
explorou impiedosamente em sua serralheria como ferreiro aprendiz; obrigava-o a
carregar pesos por quilômetros, apesar do frio e do calor. Mas, sempre que
podia, o jovem se refugiava diante do Tabernáculo para fazer companhia a Jesus.
Nesta situação, Núncio logo
adoeceu. Acometido por uma gangrena na perna, foi levado para o hospital. No
entanto, ele oferecia todas as suas dores agudas ao Senhor.
Em 1832, com 15 anos, Núncio
era considerado um verdadeiro "anjo" de dor e de amor por Cristo: um
pequeno mártir. Suas condições de saúde melhoram, deixa as muletas, mas se
segura em um bastão. Entretanto, Núncio se dedicava aos doentes, que os
consolava, dizendo: "Estejam sempre com o Senhor, origem de todo bem.
Sofram, com alegria, por amor a Deus".
Não obstante, Núncio queria
consagrar-se a Deus, mas em fins de 1835, sua saúde piorou: ele tinha câncer
nos ossos. Seus sofrimentos eram indescritíveis, mas os médicos renunciaram a
amputar sua perna por estar muito debilitado.
Em 5 de maio de 1836, após
ter-se confessado, faleceu ao completar 19 anos. Um perfume de rosas
espalhou-se no recinto.
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