domingo, 22 de julho de 2018
PAPA NO ANGELUS: DISTANTES DE JESUS E DE SEU AMOR, NOS PERDEMOS
“Com Jesus ao lado se pode
prosseguir com segurança, se podem superar as provações, se progride no amor a
Deus e aos próximo. Jesus se fez dom para os outros, tornando-se assim modelo
de amor e de serviço para cada um de nós”, disse Francisco.
Raimundo de Lima
- Cidade do Vaticano
“Sem a verdade, que é
Cristo mesmo, não é possível encontrar a justa orientação da vida. Quando nos
distanciamos de Jesus e de seu amor, nos perdemos e a existência se transforma
em desilusão e insatisfação.” Foi o que disse o Papa Francisco na alocução que
precedeu a oração do Angelus, ao meio-dia deste domingo (22/07), na qual se
deteve sobre à página do Evangelho proposta para a liturgia do dia.
O Evangelho de hoje (Mc 6,30-34), disse o Papa, nos conta que os
apóstolos, após a primeira missão, voltam a Jesus e lhe falam “tudo aquilo que
tinham feito e ensinado”. Após a experiência da missão, certamente
entusiasmante, mas também cansativa, frisou Francisco, eles precisam de
repouso.
O Pontífice ressaltou que Jesus se preocupou em assegurar-lhes
um pouco de alívio, convidando-os a um lugar deserto onde pudessem recobrar as
forças, mas que a multidão, tendo intuído para onde iam, correu chegando ao
lugar antes deles, mudando assim o programa.
Flexibilidade e
disponibilidade às necessidades dos outros
“O mesmo pode acontecer também hoje. Por vezes não conseguimos
realizar nossos projetos, porque se dá um imprevisto urgente que acaba com
nossos programas e requer flexibilidade e disponibilidade às necessidades dos
outros.”
Nessas circunstâncias, exortou o Papa, “somos chamados a imitar
aquilo que fez Jesus: ‘Tendo descido da barca, ele viu uma grande multidão,
teve compaixão dela, porque eram como ovelhas sem pastor, e se colocou a
ensinar-lhes muitas coisas’”.
Francisco destacou que o evangelista nos oferece aí um flash de
singular intensidade, fotografando os olhos do Divino Mestre e seu ensinamento.
“Observamos os três verbos deste fotograma: ver, ter compaixão, ensinar.
Podemos chamá-los os verbos do Pastor.”
“O olhar de Jesus não é um olhar neutro ou, pior, frio e
distanciado, porque Jesus olha sempre com os olhos do coração. E seu coração é
tão tenro e repleto de compaixão, que sabe colher inclusive as necessidades
mais escondidas das pessoas.”
Jesus Cristo,
realização da solicitude e cuidados de Deus para com seu povo
Francisco frisou ainda que Cristo mostra com isso a atitude e a
predisposição de Deus para com o homem e a sua história. “Jesus se apresenta
como a realização da solicitude e cuidado de Deus para com o seu povo”, acrescentou.
O Papa quis evidenciar que o primeiro pão que o Messias oferece
à multidão faminta e cansada é o pão da Palavra. “Todos nós precisamos da
palavra da verdade, que nos guie e ilumine nosso caminho”, prosseguiu.
“Com Jesus ao lado se
pode prosseguir com segurança, se podem superar as provações, se progride no
amor a Deus e ao próximo. Jesus se fez dom para os outros, tornando-se assim
modelo de amor e de serviço para cada um de nós.”
Francisco concluiu
fazendo votos de que Maria Santíssima nos ajude a assumir os problemas,
sofrimentos e dificuldades de nosso próximo, mediante uma atitude de partilha e
de serviço.
Saudação a fiéis
e peregrinos brasileiros
Dirigindo-se aos
vários grupos de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, o Papa fez
uma saudação particular aos fiéis da Diocese de Rio do Sul – SC, e aos jovens
da Diocese de Sevilha, na Espanha, além de grupos paroquiais e
associações.
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