CONFERÊNCIAS EPISCOPAIS DO MUNDO MANIFESTAM APOIO AO PAPA
Cardeal Daniel Di Nardo Presidente da conferência Episcopal dos EUA
Várias Conferências episcopais do
mundo escrevem ao Papa assegurando seu apoio, em comunhão com o compromisso do
magistério de Francisco no combate aos abusos.
Cidade do
Vaticano
Comunhão,
colegialidade, apoio, fidelidade, proximidade, colaboração: são os termos mais
presentes nas cartas abertas que as Conferências episcopais do mundo enviaram e
estão enviando nestas horas ao Papa Francisco.
INCANSÁVEL TRABALHO
PASTORAL DO PAPA FRANCISCO
As missivas têm lugar
após a publicação do documento do arcebispo Carlo Maria Viganò, ex-núncio
apostólico nos EUA, que acusa o Santo Padre e alguns purpurados de ter
acobertado o caso do cardeal Theodore McCarrick. Acusado de abusos contra
menores, em 27 de julho o Papa aceitou a renúncia do purpurado ao título de
cardeal e dispôs a suspensão do mesmo de qualquer ministério público.
Apreço pela atuação do
Papa
Os episcopados
expressam sua proximidade ao Papa: os bispos do Peru, por exemplo, ressaltam
seu “fraterno e episcopal apoio à lúcida, corajosa e firme modalidade” que o
Papa tem “de conduzir a barca de Pedro”. Trata-se de um apoio necessário
“diante da tentativa de desestabilizar a Igreja e seu ministério”.
Na mesma linha, também
o Conselho episcopal latino-americano – Celam – que, numa carta de 26 de
agosto, agradece ao Papa Francisco por seu “serviço repleto de abnegação pela
Igreja” e oferece ao Pontífice “fidelidade, proximidade e colaboração a fim de
que a verdade resplandeça acima de todo e qualquer pecado”.
Incansável trabalho
pastoral
Também os bispos do
Paraguai agradecem ao Santo Padre por sua guia e por dar continuidade “ao
trabalho dos predecessores com muita humildade e firmeza” no combate aos
abusos.
A conferência
Episcopal Espanhola, presidida pelo cardeal Ricardo Blázquez Pérez, faz a mesma
coisa ao manifestar proximidade a Francisco: “Santo Padre, o senhor não está
sozinho”, escreve o purpurado, que dá graças a Deus pelo “incansável trabalho
pastoral” levado adiante pelo Pontífice e por sua “dedicação ao ministério”
petrino.
Reação dos bispos
estadunidenses
“São dias difíceis e
expressamos ao Papa nosso afeto fraterno – afirma o presidente do episcopado
dos EUA, cardeal Daniel DiNardo –, ao tempo em que esta ferida aberta dos abusos
nos desafia a ser firmes e decididos na busca da verdade e da justiça.”
O purpurado pede uma
audiência ao Papa para obter seu apoio ao plano de ação dos bispos
estadunidenses inspirado na recente carta de Francisco do Povo de Deus, em que
se incluem “propostas mais detalhadas” para simplificar a delação de abusos e
comportamentos incorretos por parte de bispos e para melhorar os procedimentos
para resolver as recriminações contra os bispos.
Outros prelados
estadunidenses, como o arcebispo de Philadelphia, Charles Chaput, e o bispo de
Phoenix, Thomas Olmsted, disseram não ter conhecimento direto dos fatos, mas
falam do ex-núncio em Washington de modo positivo.
Por sua vez, o bispo
de San Diego, Robert McElroy, disse que o testemunho de Dom Viganò é uma distorção
e que os ataques deste são inspirados por seu ódio ao Papa Francisco e a tudo
aquilo que ensina. “Juntos com o Papa Francisco estamos confiantes de que a
verificação das afirmações” de Dom Viganò “ajudará a estabelecer a verdade”,
destaca por fim.
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