 |
Missionário Márcio Santiago e Pastor Franklin Lima (gravata laranja)
se tornaram inelegíveis por oito anos. Foto (Facebook Pastor
Frankin Lima)
|
Deputado estadual Missionário Márcio Santiago (PR) e o
federal Franklin Lima (PP) cometeram abuso de poder econômico durante evento da
Igreja Mundial do Poder de Deus.
O
plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou entendimento na sessão
plenária da terça-feira, 21, de que o pedido de voto em evento religioso pode
configurar abuso de poder econômico. A tese foi fixada no julgamento que
culminou com a cassação do deputado estadual Missionário Márcio Santiago
(Márcio José Oliveira, do PR-MG) e do candidato a deputado federal Franklin
Lima (Franklin Roberto Souza, do PP-MG) por abuso de poder econômico na
campanha de 2014. Com a decisão do TSE, os dois também se tornaram inelegíveis
por oito anos.
O caso gira em torno da participação dos dois políticos de um
evento religioso promovido pela Igreja Mundial do Poder de Deus. Na ocasião, na
véspera das eleições, o líder da igreja teria pedido explicitamente aos fiéis votos
para os dois candidatos, em evento que contou com a presença de cinco mil
pessoas. O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) já havia
condenado Oliveira e Souza.
A maioria dos ministros decidiu acompanhar o voto da relatora
do processo, ministra Rosa Weber, considerada a "mais linha-dura" da
Corte Eleitoral. Para a ministra, o caso é de "enorme gravidade".
Rosa destacou que, no evento, foram distribuídos panfletos a
favor dos então candidatos e que o líder da igreja pediu "mais dez votos"
para os candidatos.
O ministro Admar Gonzaga, por sua vez, acompanhou o
entendimento da relatora e ressaltou que igrejas possuem privilégios fiscais,
concluindo que o ato praticado na Igreja Mundial do Poder de Deus
"desbordou" em abuso de poder econômico.
Os ministros determinaram a execução imediata da decisão, a
partir de sua publicação. O suplente do deputado estadual deverá assumir o seu
cargo.
Defesa
A reportagem não localizou Franklin Roberto Souza. O gabinete
de Márcio José Oliveira não respondeu à reportagem até a publicação deste texto.
Fonte: domtotal.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário