terça-feira, 11 de setembro de 2018
INSTITUIÇÕES CATÓLICAS: RETIRAR INVESTIMENTOS DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
Dezenove
instituições católicas anunciaram sua adesão à campanha de desinvestimento do
setor de combustíveis fósseis. O anúncio foi dado pelo Movimento Católico Global
pelo Clima em resposta à "Laudato si’ "do Papa Francisco
Cidade do Vaticano
Um esforço global para a redução das emissões de gases efeito
estufa, através do “desinvestimento do setor de combustíveis fósseis”. Esta foi
a iniciativa de um grupo de 19 instituições católicas da Áustria, Bangladesh,
Bélgica, Canadá, Fiji, Alemanha, Índia, Irlanda, Itália, Quênia, Paquistão e
Estados Unidos, guiadas pela Cáritas da Índia e pela Conferência Episcopal da
Irlanda.
O Movimento Católico Global pelo Clima
O anúncio dado pelo Movimento Católico Global pelo Clima – que
reúne 650 organizações e milhares de católicos que respondem ao chamado do Papa
Francisco na Laudato
si' para cuidar da criação – será apresentado por ocasião do
“Global Climate Action Summit”, a cúpula internacional dos protagonistas não
governamentais engajados em resolver a crise climática que será realizada de 12
a 14 de setembro em São Francisco, na Califórnia.
O “Tempo da Criação”
A decisão foi tomada durante o “Tempo da Criação”, Mês de
oração e de ação pela proteção da casa comum compartilhada por milhões de
cristãos de todo o mundo, iniciado em 1º de setembro no Dia
Mundial de Oração pelo cuidado da Criação, e em programação até o próximo
dia 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis. O convite foi feito pelo
cardeal Peter
Turkson, presidente Dicastério para o Serviço Humano Integral, o Arcebispo
de Canterbury, Justin
Welby e o Patriarca
Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I, e também pelos participantes da
primeira oração ecumênica pela criação que reuniu líderes de várias confissões
cristãs em Assis no início de setembro.
Arquidiocese de Vercelli participa com entusiasmo
Junto com a arquidiocese de Palermo, a arquidiocese de Vercelli,
participa com entusiasmo à iniciativa de desinvestimento de combustíveis
fósseis; o bispo dom Marco
Arnolfo que guia o movimento afirma: “Independente do que possuímos –
e não somos uma diocese rica – se temos economias, conta corrente ou qualquer
outro investimento, não queremos absolutamente investir nestas fontes
energéticas fósseis que produzem poluição”. “A nossa escolha é clara e é um
sinal para toda a diocese para que todos procurem agir em favor de uma
sustentabilidade e uma atenção especial à ecologia integral, como deseja o Papa
Francisco na Laudato
si', quando pede para que passemos a outras fontes energéticas que
sejam limpas e renováveis, e não agridam a nossa casa comum”.
Agir contra a cultura do desperdício
Retomando os temas da Carta Encíclica Laudato
si', Papa
Francisco recordou na recente entrevista ao jornal italiano “Sole
24Ore”, que o sistema industrial, no final do ciclo de produção e de consumo,
ainda não desenvolveu a capacidade de “absorver e reutilizar” lixos e resíduos.
Francisco sublinhou que é preciso adotar “um modelo de produção que garanta
recursos para todos e para as futuras gerações”, e que procure “limitar ao
máximo” o uso de recursos não renováveis, moderar o consumo e maximizar a
eficiência da exploração, reutilização e reciclagem, com o objetivo de
“contrastar a cultura do desperdício que causa danos a todo o planeta”. Na
entrevista o próprio Pontífice ainda evidenciou “há muito trabalho a ser feito
nesta direção”.
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