segunda-feira, 10 de setembro de 2018
SETEMBRO AMARELO: FALAR É A MELHOR SOLUÇÃO. A IDEIA É PROMOVER O DEBATE SOBRE SUICÍDIO
Este ano, campanha do Setembro
Amarelo tem como tema: “Falar é a melhor solução”.
A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio, além
de divulgar o tema e alertar a população sobre a importância de sua discussão.
O suicídio é um problema de saúde pública no Brasil e os casos tem crescido,
principalmente, entre os jovens.
De acordo com números do CVV –
Centro de Valorização da Vida , 32 brasileiros se matam por dia, média de 1
morte a cada 45 minutos. Essa taxa é maior do que a de vítimas de AIDS e da
maioria dos tipos de câncer. No Brasil, o CVV realiza apoio emocional e
prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas
que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24
horas todos os dias.
O bispo de Campos (RJ) e referencial
da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom
Roberto Ferrería Paz, esse tipo de campanha é preventiva e educativa já que
possibilita alertar pais, educadores e as pastorais que lidam com o jovem
encaminharem e tomarem medidas de cunho terapêutico para situações de
depressão, pânico e outras doenças que sem cuidado possam induzir ao suicídio.
De acordo com o site oficial da
campanha, tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por
medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com
ideias suicidas. A esperança é o fato de que, segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), nove em cada dez casos poderiam ser prevenidos. É necessário a
pessoa buscar ajuda e atenção de quem está à sua volta.
Para dom Roberto Ferrería Paz,
certamente que o suicídio é uma temática a ser tratada com responsabilidade e
profissionalismo evitando-se qualquer abordagem superficial que possa provocar
comportamentos imitativos ou atingir jovens sugestionáveis.
“A muito tempo a Igreja superou
o enfoque moralista da questão para refletir mais a necessidade de uma
abordagem mais ligada a saúde mental e espiritual em resposta a uma sociedade
profundamente carente de sentido e vazia existencialmente”, ressalta.
O CVV alerta que a sociedade em
geral precisa reconhecer sinais, diferenciar mitos e verdades, ouvir
profissionais e ter acesso a formas de apoio. Falar também é a melhor solução
já que a pessoa que pensa em suicídio sofre uma grande dor e não vê saída para
ela. Em geral, quem pensa em suicídio não quer necessariamente morrer, mas
fazer aquela dor sair, mas não sabe como.
Dom Roberto Ferrería Paz acredita
que o suicídio é um indicador de desespero e falta de razões para viver. O
bispo cita: ‘Vitor Frankl sempre afirmava que todas as pessoas precisam de um
sentido para viver de um sonho, de esperança’.
“Não desconhecendo que podem
haver também motivos químicos e orgânicos, devemos com o Papa Francisco dizer
aos jovens e adultos que não deixem que lhes roubem a esperança”, completa.
A mobilização de combate ao suicídio
pode ser feita de diversas formas. Seja com ações informativas em empresas, os
órgãos públicos se iluminando de amarelo ou cada pessoa pode se mobilizar
compartilhando informações sobre o movimento Setembro Amarelo nas redes
sociais, levantando o tema em seus grupos e buscando informações confiáveis
sobre o assunto.
Mais informações podem ser acessadas
no site: www.setembroamarelo.org.br.
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