sexta-feira, 12 de outubro de 2018

APESAR DA RENOVAÇÃO, NOVOS POLÍTICOS TERÃO AS MESMAS REGALIAS DOS VELHOS

Cada deputado federal custa ao contribuinte R$ 2,14
 milhões por ano, ou R$ 179 mil por mês (EBC)

Trabalhador assalariado levaria, em média, 15 anos para receber o valor mensal gasto com um parlamentar

A renovação no Congresso Nacional na eleição deste ano foi surpreendente. A taxa de novos políticos no Senado é de 87% e Câmara dos Deputados chegou a 53%. Novos parlamentares chegam ao poder, alguns velhos vão continuar e outros vão sair. O que não vai mudar é o sistema de regalias dos políticos. Carros, funcionários, plano de saúde, auxílio-moradia de R$ 4.253 estão entre as mordomias. Tudo bancado com dinheiro do trabalhador. Os dois candidatos à Presidência da República não têm nenhuma proposta para estancar a sangria.
Levantamentos feitos pelo site Congresso em Foco mostram que cada dia de funcionamento do Congresso custa aos brasileiros R$ 28 milhões, mais de R$ 1 milhão por hora.
Um deputado federal, por exemplo, tem salário de R$ 33.763, auxílio-moradia de R$ 4.253 (ou apartamento de graça para morar), verba de R$ 101,9 mil para contratar até 25 funcionários, de R$ 30.788,66 a R$ 45.612,53 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato, entre outras despesas. Com tanta regalia, cada deputado federal custa ao contribuinte R$ 2,14 milhões por ano, ou R$ 179 mil por mês. Um trabalhador assalariado levaria, em média, 15 anos para receber o valor mensal gasto com um parlamentar.
Um deputado federal tem até 25 assessores e um senador chega a ter 100 subordinados, agora transformados em 'cabos eleitorais'.
G6 no mundo
O Brasil ocupa a sexta colocação em salário de deputados em razão do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. À frente, gastam mais com seus representantes algumas das nações mais pobres do planeta, como Nigéria, Gana e Quênia, que lideram o ranking da disparidade entre as despesas com parlamentares e a média da riqueza de sua população.
O país também se destaca internacionalmente o número de assessores pessoais por congressista. Nos Estados Unidos, cada deputado pode contar com até 18 auxiliares. No Chile, com 12, e na França, com 8. Já no Brasil esse número chega a 25 assessores. O Senado brasileiro permite a contratação de 55 funcionários, mas há senadores que chegam a muito mais. É o caso de Fernando Collor de Mello (PTC-AL), com 80.
Levantamento do jornal El País, focado na América Latina, também aponta a disparidade entre os ganhos dos parlamentares e o salário médio dos cidadãos que eles representam. O Brasil tem a maior remuneração para deputados e senadores da região, seguido de Chile, Colômbia e México.

Redação Dom Total
 

Um comentário:

  1. A imoralidade e mentira estao soltas. Tem um candidato honesto que usou sua empregada como laranja por décadas para cuidar de um das suas mansões em Paraty com dinheiro para assessoria. A Sra Val nem sabia onde ficava Brasília.
    Pior que tem muitos fanáticos que defendem este corrupto.

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