sábado, 27 de outubro de 2018
BISPO ARGENTINO MORTO DURANTE A DITADURA SERÁ BEATIFICADO EM ABRIL DE 2019
Também serão beatificados pelo
cardeal Angelo Becciu - em nome do Santo Padre - os sacerdotes Carlos Murias e
Gabriel Longueville e o leigo Wenceslau Pedernera, ambos assassinados.
Cidade do
Vaticano
Será celebrado em 27
de abril de 2019 na Diocese argentina de La Rioja da qual foi bispo, o rito de
beatificação de Dom Enrique Angelelli, dos sacerdotes Carlos Murias e Gabriel
Longueville e do leigo Wenceslau Pedernera, mortos durante a ditadura no verão
de 1976.
Conforme anunciado
pela Secretaria de Estado do Vaticano ao bispo emérito de La Rioja, Dom Marcelo
Daniel Colombo - atual Arcebispo de Mendoza - o cardeal Angelo Becciu, prefeito
da Congregação para as Causas dos Santos, vai presidir a cerimônia em nome do
Santo Padre.
Dom Colombo definiu
como "providencial" a data da beatificação, uma vez que coincide com
a festa de São Toríbio de Mogrovejo, Padroeiro do Episcopado latino-americano.
Segundo informações
enviadas à Agência Fides pela AICA, Dom Colombo manifestou a esperança de que
em breve seja anunciado o nome do novo bispo de La Rioja, que irá orientar o
caminho de preparação, que naturalmente serve a um "maior conhecimento da
vida, mensagem, da experiência concreta destes irmãos e irmãs que deram suas
vidas pelo Reino de Deus”.
O objetivo desta
preparação - ressaltou o prelado – é tomar consciência de que “na Igreja na
Argentina existem personalidades que deram o melhor de si para construir o
reino de Deus ".
Dom Enrique Angelelli
(1923-1976) morreu em um acidente de carro simulado, em 4 de agosto de 1976,
pouco depois do início da ditadura militar. 38 anos mais tarde, dois oficiais
superiores foram condenados à prisão perpétua pelo assassinato do Bispo.
Padre Carlos Murias,
jovem Franciscano Conventual nativo de Córdoba, exercia seu minsitério na Diocese
de La Rioja entre os pobres e na defesa dos camponeses. Em 18 de julho de 1976,
um grupo de homens, que se apresentaram como policiais, levaram-no com um
pedido de desculpas.
O pároco de Chamical,
padre Gabriel Longueville, fidei donum francês, que estava com
ele, não quis deixá-lo sozinho. Seus corpos foram encontrados dois dias mais,
tendo sido torturados antes de serem fuzilados.
Wenceslau Pedernera,
agricultor, organizador do Movimento Rural Católico, foi assassinado em sua
casa por quatro homens mascarados em 25 de Julho de 1976.
(Agência Fides)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário