quinta-feira, 18 de outubro de 2018
CONVITE À REFLEXÃO
As eleições deste ano, no Brasil, se
realizam em um clima de muitíssima agressividade, provocado sobretudo pela
ingerência de grandes poderes econômicos e midiáticos na vida política, que
utilizam mecanismos de manipulação ideológica com forte carga emocional, para
elegerem políticos que defendam seus interesses corporativos. Difundem fake news, ou seja, notícias falsas sobre outros
concorrentes, proliferando preconceitos e irracionalidades. Cometem, até mesmo,
sacrilégios, utilizando-se de linguagem e símbolos religiosos para endeusarem
seus candidatos que nada têm de divinos, sobretudo se instigam violência.
Nosso sistema político, marcadamente
competitivo, fomenta fanatismos e extremismos, destrói de modo absurdo, laços
familiares, comunitários e amizades, bem como a comunhão entre pessoas da mesma
fé. Em um país com tanta pobreza, até mesmo os pobres se dividem. Grande parte
da população que depende do trabalho para viver e manter a família, em lugar de
defender causas comuns, em favor de seus direitos, se deixa manipular por
candidatos e grupos políticos que se apresentam falsamente patriotas. Na
realidade, são, também, marionetes, ou seja, manuseados por grandes poderes
econômicos com ramificações internacionais.
Manipulações ideológicas de cunho
político tendem a gerar ditaduras de poderes econômicos sustentados por forças
militares. Exemplos disso, foram e continuam sendo abundantes no mundo. O
Brasil Republicano já passou por vários períodos ditatoriais. O terror que
geraram, esquecido ou desconhecido por muitos, não pode ser desconsiderado. O
respeito ao estado de direito necessita prevalecer sempre. Nossa preciosa
democracia, tão frágil ainda, em lugar de retroceder, necessita avançar. O
direito de cada pessoa a viver com dignidade necessita ser assegurado. Os
direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras necessitam ser garantidos.
Trabalho e educação deverão ser
prioridades. Afinal, todas as famílias necessitam ser sustentadas pelo trabalho
em condições dignas e implicadas em processos educativos. Educação integral de
qualidade para todos deverá, sem dúvida, ser uma meta fundamental.
Investimentos educativos focados no humanismo integral e no desenvolvimento do
cooperativismo econômico nos ajudarão a superar grandes dificuldades culturais
e sociais. Que essa educação fortaleça vínculos familiares e comunitários,
forme, especialmente as novas gerações para a defesa da vida e para o trabalho
com função social, e desenvolva a cultura da solidariedade e da paz!
Qual destino, então, escolhermos,
senão da união entre todas as pessoas que almejam o bem comum, a justiça e a
paz social? Se construirmos projetos comuns, em lugar de nos destruirmos
mutuamente, seremos muito mais felizes. Comecemos pelo respeito às ideias e
propostas partilhadas para que possamos crescer juntos! Que tal, então,
substituirmos o fanatismo pela reflexão? Os detentores de poder e seus aliados
não querem que usemos nossa inteligência para descobrir suas artimanhas e a
força de nossa união. Escolheremos estar do lado deles ou nos uniremos para
construir um futuro sem novas opressões?
As imagens bíblicas da libertação do
povo de Deus, escravo no Egito, e da redenção em Jesus Cristo, são inspiradoras
para o momento que vivemos. Optaremos por ser soldados do Faraó ou povo livre e
unido que caminha em direção à terra prometida? Escolheremos o militarismo do
Império Romano ou o Cristo Ressuscitado, vencedor do sistema que o condenou e o
matou? Seremos cúmplices desse sistema que tem novas formas, hoje, ou o
transformaremos segundo os critérios do Reino de Deus inaugurado por Cristo?
Nós, nos armaremos e nos destruiremos uns aos outros ou nos amaremos
mutuamente? Que o Espírito Santo nos ilumine!
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