sábado, 3 de novembro de 2018
FESTA DE TODOS OS SANTOS CELEBRA A MEMÓRIA DE HOMENS E MULHERES QUE VIVERAM SANTAMENTE
A
festa de Todos os Santos comemorada no dia 01 de novembro e que precede o
dia dos fiéis defuntos (Dia de Finados) 2 de novembro, é celebrada pela Igreja
no Brasil sempre no domingo seguinte, este ano dia 4. Essa mudança se deu após
a reforma do Concílio Vaticano II, se convencionou que algumas solenidades que
caem durante a semana na sua data civil, seriam celebradas no domingo
subsequente
“É o caso de
outras solenidades, como da Imaculada Conceição, a festa de São Pedro e São
Paulo, etc. Porque são festas de importância mundial, para a Igreja universal,
para todas as culturas”, explica o arcebispo de Londrina (PR) e membro da Comissão
Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), dom Geremias Steinmetz.
Essa
celebração, que surgiu na Antioquia, no século IV, com a solenidade de todos os
mártires, foi instituída para celebrar de uma só vez todos os santos. O sentido
desta solenidade, introduzida em Roma no século sexto, está explicitado na
oração da Missão de Todos os Santos: “Numa só festa, celebramos os méritos de todos
os Santos e Santas”.
Para
dom Geremias, esse conceito de santidade é amplo no sentido de que santos não
são somente aqueles que são canonizados mas há uma multidão de santos junto de
Deus que não são canonizados. “São todos os homens e mulheres que viveram santamente,
foram discípulos de Jesus Cristo e agradaram a Deus, esta é a santidade”,
destaca.
Além
disso, a solenidade é o momento em que a Igreja recorda que os cristãos são
chamados a santidade, como apresenta o papa Francisco na Exortação Apostólica Gaudete et
Exultate (Alegrai-vos e exultai).
Segundo
dom Geremias, o papa tenta apresentar neste documento justamente que a
santidade nos nossos tempos passa em primeiro lugar pelo discipulado de Jesus
Cristo, ou seja, um seguimento sério do Evangelho de Jesus Cristo em todas as
suas dimensões, no testemunho de vida, vivência da Palavra de Deus.
Para
o bispo, a santidade não é uma questão mística simplesmente, mas é uma questão
vivencial do Evangelho. É esse o grande apelo que também se faz no ano do
laicato.
“O leigo que é chamado a ser a Igreja no coração
do mundo, e o mundo no coração da Igreja, ou ser sal da Terra, luz do mundo. Ou
ainda mais, o cristão que hoje deve ser aquele que está ligado como está o ramo
ligado à videira, ele está ligado à pessoa de Jesus Cristo, pelo batismo, fonte
da santidade. Uma experiência intransferível de Jesus Cristo que você mesmo tem
que fazer para poder ser santo. Esta é a grande mensagem que se tenta
apresentar nesse dia”, ressalta.
(Foto:
Diocese de Petópolis/RJ)
Fonte:cnbb.net.br
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