PAPA DIZ QUE MEDO DE IMIGRANTES PODE DEIXAR PESSOAS LOUCAS
Papa concede coletiva de imprensa durante voo para o Panamá. (Reuters)
A caminho do Panamá, Papa Francisco
concede entrevista a jornalistas e fala sobre migração e suas próximas viagens.
A BORDO DO AVIÃO PAPAL - O papa Francisco sugeriu nesta quarta-feira
que a hostilidade contra imigrantes é motivada por medos irracionais, à medida
que segue para a América Central, de onde muitos imigrantes saem a caminho dos
Estados Unidos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu ao Congresso 5,7 bilhões
de dólares para construir um muro ao longo da fronteira do país com o México,
para impedir a entrada de imigrantes --uma demanda rejeitada por democratas que
levou à paralisação parcial do governo norte-americano.
Um dos repórteres viajando com o papa para o Panamá disse ao
pontífice que havia visto recentemente uma barreira elaborada para conter
imigrantes que se estendia pelo oceano Pacífico em San Diego, na ponta oeste da
fronteira dos EUA com o México, e a descreveu como uma "loucura".
"O medo nos deixa loucos", respondeu Francisco.
A imigração deve ser um dos temas principais da visita de seis
dias do papa ao Panamá. Enfatizando o foco do pontífice na questão, Francisco
se reuniu com oito refugiados que vivem em Roma antes de ir para o aeroporto.
A viagem ao Panamá entre os dias 23 e 28 de janeiro para celebrar
a Jornada Mundial da Juventude é a primeira viagem ao exterior do papa em 2019.
O papa de 82 anos também deve visitar os Emirados Árabes Unidos, o
Marrocos, a Bulgária, a Macedônia e a Romênia este ano e disse que uma visita
ao Japão também está prevista.
"Eu vou ao Japão em novembro. Se preparem", disse a
repórteres a bordo do avião.
Francisco disse que também gostaria de visitar o Iraque, mas que
foi advertido de que seria muito perigoso.
No ano passado, uma autoridade do Vaticano disse que o papa
Francisco consideraria a possibilidade de fazer uma viagem sem precedentes à
Coreia do Norte. Ele disse que tal viagem demandaria ?séria preparação? e que
não houve nenhum sinal de pode acontecer em breve.
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