domingo, 27 de janeiro de 2019
PAPA FRANCISCO: ABRAÇAR O PRÓXIMO COM GESTOS SIMPLES E DIÁRIOS
O
amor pelo próximo através de gestos concretos e diários "que todos podemos
realizar", foi o convite do Papa Francisco feito durante a visita ao Lar
do Bom Samaritano. Ao final do discurso, o Pontífice rezou a oração mariana do
Angelus.
Andressa
Collet – Cidade do Vaticano
O
Papa Francisco visitou o Lar do Bom Samaritano neste domingo (27/01), por
ocasião da sua participação na Jornada Mundial da Juventude, no Panamá. Ao
encontrar os doentes do local e de outros centros de assistência, mas também
diretores, colaboradores e agentes pastorais, o Pontífice confessou “o desejo
ardente” do encontro na casa-família para se renovar a esperança.
Ouça
a reportagem completa com a voz do Papa
Lembrando
um dos testemunhos lidos pelo Pontífice antes da visita que dizia “aqui nasci
de novo”, o Papa afirmou que esse tipo de espaço é “sinal da vida nova que o
Senhor nos quer dar” e são neles que “a Igreja e a fé nascem e se renovam
continuamente por meio da caridade”.
“
Começamos a nascer de novo, quando o Espírito Santo nos dá olhos para ver os
outros – como nos dizia o Padre Domingo – não apenas como nossos vizinhos (o
que é já tanto), mas como nosso próximo. ”
O
rosto do próximo
O
Papa Francisco, então, fez referência à parábola do Bom Samaritano para dar o
exemplo do “nosso próximo”, um “rosto que incomoda maravilhosamente a vida”:
“O
próximo é sobretudo um rosto que encontramos ao longo do caminho e
pelo qual nos deixamos mover e comover: mover dos nossos planos e prioridades e
comover intimamente por aquilo que vive aquela pessoa, para lhe dar lugar e
espaço na nossa caminhada. [...] O bom Samaritano como todas as vossas casas, mostram-nos
que o próximo é, antes de tudo, uma pessoa, alguém com um rosto concreto e
real, e não qualquer coisa a deixar para trás ou ignorar, seja qual for a sua
situação. É um rosto que revela a nossa humanidade tantas vezes atribulada e
ignorada.”
Criando
comunidades
O
Papa Francisco disse que visitar o Lar é “tocar o rosto silencioso e materno da
Igreja, que é capaz de profetizar e criar casa, criar comunidade”. E,
assim, explicou:
“Criar
«casa» é criar família; é aprender a se sentir unido aos outros, sem olhar a
vínculos utilitaristas ou funcionais, de modo que nos faz sentir a vida um
pouco mais humana. Criar casa é permitir que a profecia encarne e torne as
nossas horas e dias menos rudes, indiferentes e anônimos. É criar laços que se
constroem com gestos simples, diários e que todos podemos realizar. ”
E
as casas, lembrou o Pontífice, precisam sempre da colaboração de todos, o que
implica também “ter paciência, aprender a nos perdoar; aprender cada dia a
recomeçar”. Então o Papa questionou e respondeu em seguida: “quantas vezes
temos de perdoar e recomeçar? Setenta vezes sete, todas as vezes que for
necessário. Criar relações fortes requer a confiança, que se alimenta
diariamente de paciência e perdão”.
ANGELUS:
CORAGEM PARA SE DOAR
O
Papa Francisco, depois de agradecer o trabalho de todos para manter viva e
concretizar “o milagre de experimentar que, aqui, se nasce de novo”, rezou a oração
mariana do Ângelus. À Virgem Maria, como “Boa Samaritana”, o Pontífice
pediu “que nos ensine a estar atentos para descobrir cada dia quem é o nosso
próximo e nos encoraje a ir prontamente ao seu encontro e dar-lhe uma casa, um
abraço onde possa encontrar proteção e amor de irmãos”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário