PORTUGAL VAI RECEBER O PAPA E A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE EM 2022
O
jovem Bernardo Lobo Xavier, de 19 anos, é um dos peregrinos
portugueses
no Panamá. (Reprodução/ Rádio Renascença)
Embora ainda não confirmada
oficialmente, Lisboa será a sede da próxima Jornada. Presença do presidente
português no Panamá é um dos fatores que confirmam a escolha.
O cardeal-patriarca de
Lisboa partiu na segunda-feira (21) para o Panamá, onde participa na Jornada
Mundial da Juventude (JMJ) de 2019, esperando receber o maior acontecimento
organizado pela Igreja Católica para os jovens, em 2022.
“Daqui a uma semana, espero
que já se diga certamente. Lisboa manifestou a sua disponibilidade, a sua
candidatura, o processo seguiu e espero que tenha uma feliz conclusão, que,
depois, nos vai envolver intensamente durante mais de três anos, na preparação,
com tudo o que ela implica, que é sobretudo uma motivação das pessoas para um
acontecimento deste gênero, que é uma coisa irrepetível”, disse D. Manuel
Clemente, em declarações à Rádio Renascença, ainda no aeroporto de Lisboa.
A viagem de quase 8 mil
quilômetros levou um grupo de bispos portugueses ao encontro dos mais de de 300
jovens e voluntários do país que participam na JMJ 2019, que teve abertura
nesta terça-feira e participação do Papa, entre quinta-feira e domingo.
D. Manuel Clemente,
presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, confessa ter partido com
expectativas “muito grandes”.
“São acontecimentos
extraordinários, com uma participação tão alargada de gente de todo o mundo e,
como experiência de Igreja e até como experiência humana, há sempre mais
do que aquilo que a vida do dia a dia traz”, refere.
Para o cardeal-patriarca
de Lisboa, momentos como a JMJ são muito importantes na vida da Igreja Católica
e muito “evangélicos”.
“É interessante reparar
que, naquilo que os Evangelhos guardam de Jesus, tanto há conversas pessoais e
abordagens a cada um, como há depois grandes encontros – lembramo-nos da
multiplicação dos pães e outros encontros assim – e tudo isso faz parte de uma
vida plena”, explica.
O presidente da
Conferência Episcopal Portuguesa defende que estes acontecimentos “alimentam o
dia a dia pela experiência que se transporta”
Além das cerimônias
presididas pelo Papa, D. Manuel Clemente destaca também os momentos de partilha
com os jovens portugueses, que “querem a companhia dos seus bispos”.
O programa dos
participantes portugueses inclui um encontro conjunto de toda a delegação, na
manhã de 25 de janeiro, na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, sob a
presidência do cardeal-patriarca.
O Panamá vai receber
ainda D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra; D. Manuel Felício, da Guarda; D.
José Cordeiro, de Bragança-Miranda; D. Nuno Almeida, auxiliar de Braga; no país
da América Central encontra-se já D. Joaquim Mendes, auxiliar de Lisboa e
presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família.
Outra presença confirmada
é a do presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.
A organização da JMJ
2019 espera a participação de 200 mil jovens, oriundos de mais de 150 países; o
Panamá recebeu também no dia 21 a Imagem Peregrina n.º 1 de Nossa Senhora de Fátima.
Durante a semana decorre
uma Feira da Juventude e Vocacional, que complementa as várias atividades da
noite, entre elas o acolhimento ao Papa, a 24 de janeiro, e a tradicional
vigília de oração, dois dias depois, no campo São João Paulo II.
A JMJ 2019 conclui-se a
27 de janeiro, com a Missa do envio e o encontro de Francisco com os
voluntários.
O programa do Papa
inclui um encontro com jovens presos no centro de menores “Las Garças” de
Pacora, localidade situada a 46 km da Cidade do Panamá, a 25 de janeiro.
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