sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
REITOR DA PUC MINAS DENUNCIA DESASTRES DE BRUMADINHO E MARIANA COMO CRIMES AMBIENTAIS E HOMICÍDIOS COLETIVOS
Em artigo publicado pela Agência de
Notícas Fides desta quinta-feira (7), o reitor da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, afirma
que o rompimento da barragem em Brumadinho/MG não foi um acidente, “foi um
crime ambiental e um homicídio coletivo”. Até agora, 150 mortos e 182
desaparecidos.
Andressa Collet –
Cidade do Vaticano
O reitor da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, professor Dom Joaquim Giovani Mol
Guimarães, denuncia em artigo publicado pela Agência de Notícias Fides nesta
quinta-feira (07/02), que o rompimento da barragem em Brumadinho/MG não foi um
acidente, “foi um crime ambiental e um homicídio coletivo”. O bispo auxiliar de
Belo Horizonte faz referência ao desastre ambiental registrado em 25 de janeiro
que provocou 150 mortes, com 182 pessoas até agora desaparecidas.
As riquezas
generosamente doadas pelo Criador a Minas Gerais se transformaram na sua
perdição, segundo Dom Mol. O Estado está vendo rapidamente “a dizimação dos seus
rios, lagos, terras cultiváveis, comunidades e culturas. Cometem-se crimes
contra a vida humana, contra o ambiente e contra o direito de viver em
comunidade e em família”, assegurou o bispo.
Modelos extrativistas
prejudiciais para o ambiente e vida humana
No artigo, o reitor
recorda a mensagem da Laudato si, sublinhando que “aquilo que foi deixado
em herença ao homem para prosperar, ter uma vida plena e poder transmitir às
futuras gerações” é destruído em pouco tempo pela ação “especulativa e criminal
das empresas de mineração”. Em busca de um lucro “exorbitante, “único critério”
das suas ações e com “poucas vantagens para a sociedade”, as empresas do setor
“optam conscientemente”, segundo o bispo, “por modelos extrativistas
prejudiciais para o ambiente e para a vida humana”, concentrando sempre mais
nas mãos de pouquíssimas pessoas as riquezas sempre maiores, e deixando os
operários na pobreza “durante toda a sua existência”, e expondo-os ao risco de
vida.
Atividade de mineração
eticamente insustentável
“A mineração no nosso
país se tornou eticamente insustentável”, escreveu o reitor no artigo. Há uma
regulamentação fraca do setor por parte do poder legislativo e se vê uma
justiça “complacente”, longe do povo brasileiro. Foi assim com Brumadinho e
também com Mariana, em 2015, que ainda está esperando por justiça.
Fonte: Agência Fides,
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário