PROCURADORES: É "NOTÓRIA LIGAÇÃO DE MENDES COM INVESTIGADOS QUE POR ELE FORAM
SOLTOS”
A força-tarefa
da Operação Lava Jato no Rio reagiu, nesta segunda-feira, 25, às
declarações do ministro Gilmar Mendes, que, em entrevista à rádio
BandNews, afirma
ter sido alvo de ‘arapongagem’ a pedido de procuradores da República e juízes
daquele Estado. O ministro foi alvo de apuração da Receita que mira ao todo 134
agentes públicos. O procedimento atingiu a mulher do presidente do STF, Dias
Toffoli, e a ministra do Superior Tribunal de Justiça Isabel Gallotti.
Em
reação aos procedimentos, Gilmar diz que o Fisco estava criando um banco de
dossiês, com mais de 3 mil investigados. E que teria sido alvo de ‘arapongagem’
a pedido de procuradores e juízes ligados à Operação Calicute, que prendeu o
ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB). A força-tarefa da Operação Lava Jato
no Rio chegou a pedir a suspeição de Gilmar para julgar casos relacionados a
parte de seus investigados.
Os
procuradores dizem que as afirmações de Gilmar ‘são devaneios sem qualquer
compromisso com a verdade’.
“Os
membros da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro não têm conhecimento de
qualquer atuação do órgão fazendário que tenha relação, ainda que
indiretamente, com o ministro Gilmar. A Receita Federal, por meio do seu
Escritório de Pesquisa e Investigação (ESPEI) é importante parceira do
Ministério Público Federal nas investigações realizadas, sendo sua atuação
limitada ao objeto das apurações, sempre com respaldo na lei e prévia
autorização judicial”, dizem.
Segundo
os procuradores, o auditor ‘que supostamente teria investigado o Ministro não
trabalha, nunca trabalhou ou foi demandado por membros da Força-Tarefa da Lava
Jato do Rio de Janeiro’.
“A
propósito, as divergências com o ministro ou qualquer outra autoridade foram
sempre expressadas em manifestações formais e em procedimentos próprios, como
nos dois pedidos de suspeição/impedimento que foram feitos, em razão da notória
ligação de Mendes com investigados que por ele foram soltos”.
“É
preocupante que um ministro do Supremo Tribunal Federal se sinta perseguido.
Havendo fatos ilícitos concretos devem ser objetivamente apontados, para que
sejam investigados. Mas palavras ao vento e insinuações caluniosas para
desqualificar o trabalho de instituições brasileiras que têm o reconhecimento
da sociedade em nada contribuem para o amadurecimento da nossa democracia”,
declaram.
“A
afirmação em público de que a Receita Federal presta serviços de ‘pistolagem’
por encomenda de procuradores e juízes demonstra que Sua Excelência continua a
ofender gratuitamente a honra de magistrados e servidores porque acredita estar
acima do bem e do mal, comportamento que numa República amadurecida não deve
ter espaço”, conclui a força-tarefa
Fonte:conversaafiada.com.br
E falam que ninguém está acima da lei...e quando é alvo de apuração é "arapongagem". Dizem que a lei deve ser observada e cumprida por todos, mais o "todos" é limitado à grupos injustiçados por aqueles que usam a lei em benefício próprio.
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