FUNDO PARA FINANCIAR CAMPANHAS PODE CHEGAR A R$ 3,7 BI: 'NÃO É EXAGERO', DIZ MAIA
Rodrigo Maia diz que
dobrar Fundo Eleitoral para até R$ 3,7 bi
'não é exagero' (Luís Macedo/Câmara dos
Deputados)
Presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defende ainda a volta do
financiamento privado.
A reforma da Previdência não é a única preocupação dos deputados.
Eles também articulam para legislar em causa própria e garantir mais dinheiro
público nas campanhas. A previsão de aumento está no parecer do deputado Cacá
Leão (PP-BA), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. O
acréscimo de R$ 2 bilhões ao valor atual do fundo teria como origem recursos
públicos do Orçamento da União. Com isso, o valor atingiria R$ 3,7 bilhões.
“Não é exagero”, diz o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos principais
defensores da reforma da Previdência.
"Não acho que é exagero. Acho que uma eleição municipal, com
5 mil municípios com milhares de candidatos a vereador, é uma campanha que vai
requerer um custo um pouco maior que a eleição do regime geral", disse
Maia a jornalistas, ao deixar almoço com parlamentares do PRB na Câmara.
"Olha, está se gastando o mínimo possível em relação ao que
se gastava. O pior é a gente não ter uma eleição que seja transparente e dê
condições para que os partidos possam levar os seus candidatos aos eleitores. A
democracia não pode tratar de uma forma menor a importância da campanha",
completou Maia.
Empresas
Maia observou que, na sua opinião, o financiamento privado deveria
voltar, com a imposição de restrições. "O ideal é o financiamento privado,
limitado, sem poder concentrar uma empresa num candidato apenas, com algumas
limitações para que a relação entre o deputado e o financiador não seja de
dependência. Não há uma decisão ainda (sobre uma possível volta do
financiamento privado), e o que sobra é o financiamento público", avaliou
Maia.
Sobre possíveis alterações nas regras para doação de campanha,
Maia disse que não acredita que haverá mudanças. "Acho que não, mesma
regra da eleição passada. Acho que não teremos muita novidade, não. Apenas
gerar as condições legais para que se repita a mesma estrutura da eleição de
2018." Fonte: Agência Estado/Redação
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