domingo, 8 de setembro de 2019
25ª EDIÇÃO DO GRITO DOS EXCLUÍDOS RETOMA TEMA DA PRIMEIRA EDIÇÃO:“A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR”
A 25ª edição do Grito dos Excluídos
contabilizou a realização de ações em mais em 200 localidades espalhadas pelo
Brasil por ocasião deste 7 de Setembro. Seis cidades registraram atos já no dia
6 de setembro, como é o caso de Manaus no qual cerca de 3 mil pessoas
caminharam até a Ponto do Rio Negro, local simbólico para aqueles que defendem
a vida dos povos da floresta. Dom Sérgio Castriani, arcebispo de Manaus
caminhou ao lado de crianças, religiosos, mulheres, migrantes e jovens até a
ponte.
O arcebispo de
Olinda e Recife, dom Saburido junto ao povo na concentração. Foto: Assessoria
de Comunicação de Olinda/Recife
Em Recife, o arcebispo de Olinda e
Recife, dom Antônio Fernando Saburido, e seu bispo auxiliar e referencial para
a Comissão para a Ação Sociotransformadora do Regional Nordeste 2 da CNBB, dom
Limacêdo Antonio, foram à concentração do ato na praça do Derby, na abertura do
ato.
No Santuário de Aparecida (SP), o já
tradicional ato começou às margens do rio onde a imagem da padroeira do Brasil
foi encontrada em 1717, no Porto de Itaguaçu. Cerca de 130 mil pessoas
participaram do ato. Ali, há 25 anos, iniciava o Grito dos Excluídos realizado
sempre em conjunto com a Romaria dos Trabalhadores em sua 32ª edição.
O lema do grito foi “Este sistema
não Vale! Lutamos por justiça, direitos e liberdade”. A Romaria reforçou a
relação de Nossa Senhora com os trabalhadores, com o tema “Mãe Aparecida, a
classe trabalhadora clama por justiça e direitos”.
Participação cidadã –
Na abertura, o bispo de Jales (SP) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para
ação sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
dom José Andrieta, agradeceu a dom Orlando Brantes, arcebispo de Aparecida,
igreja que acolhe permanentemente evento.
O bispo de Jales reforçou a
necessária participação cidadã nos rumos da sociedade tendo em vista um
aprimoramento da democracia. “É a radicalidade da plenitude da participação
cidadã na sociedade. O que há de errado na participação dos cidadãos”,
perguntou.
A CNBB, segundo o membro da Comissão
Sociotransformadora, propõe a participação dos setores excluídos da sociedade.
“Estamos vendo setores já excluídos de nossa sociedade serem muito mais lesados
em seus direitos. Isto significa perder condições de vida. Nós estamos não no
progresso, mas vendo retrocessos”, disse.
Segundo o religioso, a ordem dos
valores está invertida e a vida humana, dos trabalhadores e trabalhadoras, não
está em primeiro lugar. “O que importa é o bem comum, o que importa são as
condições dignas de vida para todos. Não os interesses particulares”, apontou.
O bispo disse que é desejo da Igreja
que os valores do Evangelho se façam presentes em toda a realidade desde as
relações pessoais à organização social. “É necessário pensar um projeto social,
baseado no diálogo, que desfaça as polaridades e divisões” .
Em Aparecida (SP), o Grito e a
Romaria, que reuniram participantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais, chamaram a atenção para as tragédias/crimes como de Mariana e
Brumadinho, em Minas Gerais, que se sucedem, soterrando vidas e histórias, o
solo, os rios e as florestas.
O ato começou às 6h30, com
concentração em Porto de Itaguaçu, onde foi encontrada, em 1717, a imagem de
Nossa Senhora. Às 7H50 teve o início da caminhada até o Santuário, com o grupo
refletindo sobre a realidade dos trabalhadores no país. Às 9h10 foi a
realização propriamente dita do Grito, na Tribuna Papa Bento XVI, seguida da
Missa dos romeiros trabalhadores na Basílica – Santuário de Aparecida, às
10h30.
O Grito dos Excluídos foi idealizado
inicialmente pela CNBB, em 1995, através das pastorais sociais. Na edição deste
ano, o ato retoma o tema da primeira edição do evento: “A vida em primeiro
lugar”.
Fonte:cnbb.net.br
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Parabéns para estes arcebispos corajosos. Sua presença no meio do povo é muito importante.
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