50 padres
mortos até hoje na Itália pelo coronavírus. O Papa Francisco reza por eles:
“Demos graças a Deus por este exemplo de heroísmo”
No norte da Itália, foco da pandemia do
coronavírus, existem histórias heróicas de padres, como a do padre Giuseppe
Berardelli, 72 anos. Ele morreu no hospital após abrir mão do respirador em
favor de uma pessoa mais jovem.
Hoje, seus paroquianos
choram e lembram-se dele pregando a eles: “Amai-vos uns aos outros… não há amor
maior do que dar a vida por seus amigos”.
Padre Giusseppe era
pároco de Casnigo, uma cidade italiana da província de Bergamo, região da
Lombardia.
Um enfermeiro do hospital
de Casnigo disse que o padre desistiu do respirador de que precisava,
renunciando-o em favor de uma pessoa mais jovem, e ele não se importava em
saber quem seria a outra pessoa.
Precisamente, na missa de
hoje, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco rezou pelos padres e profissionais
de saúde que morreram ou que estão colocando suas vidas em risco para ajudar os
pacientes com coronavírus: “Oramos por eles, por seus famílias. Demos graças a
Deus pelo exemplo de heroísmo.”
50 padres falecidos
O jornal da Igreja na
Itália, Avvenire, relatou que 50 padres já morreram durante a pandemia de
coronavírus no país.
Esse dado apresentado pelo jornal tem como fonte as dioceses, as paróquias, as
famílias e os fiéis que não param de chorar por seus pastores.
Quinta-feira passada foi
o dia mais dramático, quando oito sacerdotes morreram em decorrência da
Covid-19. Outros nove faleceram no final de semana.
Grande parte do luto está
concentrado no norte da Itália: em Bergamo, a “cidade mártir” onde os corpos
são transportados por caminhões do exército, houve 15 óbitos de sacerdotes.
Além disso, há dezessete
outros padres que ainda estão hospitalizados. Em Parma, o Covid-19 matou seis
padres, quatro em Piacenza, em Lodi e Cremona.
O mais novo, padre Sandro
Brignone, 45, era do sul, de Salerno e era pároco em Caggiano. Há vítimas na
casa dos 50 e 60 anos. Eles recordam os testemunhos heróicos dos padres que
atendiam nas trincheiras das grandes guerras.
A maioria desses padres
eram próximos do povo. “Pastores com cheiro das ovelhas”, no dizer do Papa
Francisco.
Em meio à pandemia, os
padres italianos continuam a servir os doentes e os idosos. Alguns se mudaram
provisoriamente para cemitérios e hospitais para abençoar os cadáveres nesses
dias dramáticos em que nem se pode fazer funerais.
Eles leem o Evangelho e a
Bíblia para médicos e enfermeiros massacrados pelo trabalho e pelo estresse, e
também visitam a unidade de terapia intensiva para consolar os que estão
morrendo.
Religiosos e consagrados
também trabalham nas cozinhas, ajudando os pobres e os sem-teto, seguindo as
diretrizes dos bispos italianos de usar máscara, luvas e outros equipamentos
obrigatórios de proteção.
Fonte:aleteia.com
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