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O bispo evangélico Mario
Salfate (Iglesia
Metodista Pentecostal de Chile/ impch.org)
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Morte de Salfate é
a segunda em menos de uma semana de um religioso pelo novo coronavírus
O
bispo evangélico Mario Salfate, de 67 anos, morreu ontem no Hospital San Juan
de Dios de Los Andes, em Valparaíso, onde foi internado em 23 de março
"após ter sido testado com Covid-19". Salfate conduziu, em março, um
culto reunindo pelo menos 300 pessoas na cidade de Paine, perto de Santiago.
Três outros pastores evangélicos foram infectados na mesma ocasião.
No
Chile, há uma forte pressão de líderes evangélicos para que as cerimônias
religiosas possam ser mantidas durante a pandemia. O país tem pelo menos 3
milhões de fiéis evangélicos e é um dos mais afetados pelo coronavírus na
América Latina, com mais de 8 mil casos confirmados e quase 100 óbitos pela
doença.
As
autoridades de saúde decretaram "quarentenas seletivas" em algumas
comunas do país, dependendo do número de infecções. A comuna de El Bosque, em
Santiago, por exemplo, entra hoje em quarentena obrigatória.
Longas
filas em supermercados e repartições públicas eram observadas ontem na
localidade antes do início do confinamento
Leia
também:
A
morte de Salfate é a segunda em menos de uma semana de um religioso. No sábado,
morreu Gerald Glenn, de 66 anos, fundador e pastor da Igreja Evangélica New
Deliverance, em Chesterfield, no estado da Virgínia. A morte foi anunciada por
Bryan Nevers, um integrante da igreja, durante um sermão da Páscoa publicado na
página do Facebook da congregação pentecostal.
Desafio
Glenn
ignorou os avisos sobre o perigo de reuniões religiosas e prometia continuar
pregando a menos que estivesse "na cadeia ou no hospital". Marcietia
Glenn, de 65 anos, mulher do bispo, também testou positivo para o vírus, disse
Mar-Gerie Crawley, filha deles, em um post de 4 de abril na página da igreja no
Facebook. Ela disse na época que seu pai estava precisando usar um respirador
em um hospital.
"Peço
às pessoas que entendam a gravidade e a seriedade disso. Não se trata apenas de
nós, mas de todos os que estão a nossa volta", disse.
Os
membros da igreja fizeram uma vigília e alguns jejuaram por Glenn, cuja morte
foi lamentada pelos fiéis. "Ele era amigo e pilar da comunidade religiosa
de Richmond", escreveu o senador democrata Tim Kaine, no Twitter.
Durante
um sermão, em 22 de março, Glenn pregou para algumas dezenas de fiéis na igreja
e publicou o vídeo no YouTube. Depois o conteúdo foi removido. Na época, o
bispo foi citado pela imprensa dizendo que "Deus é maior que o temido
vírus". Em 30 de março, oito dias após o sermão, o governador de Virgínia,
Ralph Northam, emitiu uma ordem de permanência das pessoas em suas casas. Há
estados com duras restrições. Na Flórida, um pastor foi preso no mês passado
após se reunir com centenas de fiéis.
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Fonte: Agência Estado/Dom Total
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