Dom Walmor: “A mudança no
Ministério da Justiça evidencia intervenção política no comando de instituições
que, nos parâmetros da Constituição Federal, devem e não podem deixar de ter
autonomia e independência”
O ministro da Justiça
e Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou a demissão nesta sexta-feira, dia
24. O ex-juiz federal deixa a pasta após um ano e quatro meses no primeiro
escalão do governo do presidente Jair Bolsonoro. A demissão foi motivada
pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal,
Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro. A Polícia
Federal é vinculada à pasta da Justiça.
Diante da notícia, o
arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil, dom Walmor Oliveira de Azevedo, decidiu se pronunciar sobre a questão
nas redes sociais:
“A mudança no
Ministério da Justiça e Segurança Pública evidencia intervenção política no
comando de instituições que, nos parâmetros da Constituição Federal, devem e
não podem deixar de ter autonomia e independência, inclusive para investigar
autoridades. Trata-se de algo muito grave, que fere ainda mais a credibilidade
do Governo e das instâncias que deveriam zelar pelo cumprimento das leis.
Oportuno recordar o que diz a Doutrina Social da Igreja: ‘No Estado de direito,
a lei é soberana, e não a vontade dos homens.’” Dom Walmor Oliveira de Azevedo,
presidente da CNBB.
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