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Cidade do Vaticano teve oficialmente doze casos de contágio até agora,
incluindo
um prelado que vive na mesma residência que o
Papa Francisco (AFP) |
Completamente
desinfetada, a Basílica de São Pedro em Roma reabrirá suas portas aos turistas
nesta segunda-feira (18), mas com rigorosas normas de segurança. A famosa Praça
de São Pedro, que dá acesso ao maior santuário católico do mundo, também será
reaberta ao público.
Até o momento, nenhuma
cerimônia religiosa pública foi planejada com o papa Francisco, nem dentro da
basílica, que pode acomodar 60 mil pessoas em tempos normais, ou ao ar livre na
Praça de São Pedro.
Na manhã de
sexta-feira, uma equipe de limpeza cuidou da desinfecção da imensa basílica de
23 mil metros quadrados, pertencente ao microestado da Cidade do Vaticano.
Sob a cúpula desenhada
por Michelangelo e em torno da monumental copa de bronze de Bernini, os
trabalhadores de manutenção, usando máscaras brancas e roupas de proteção,
limparam todas as superfícies susceptíveis de serem tocadas pelos visitantes.
Um agente montado em um veículo elétrico foi responsável pela limpeza dos
suntuosos pisos de mármore policromado.
De acordo com Andrea
Arcangeli, responsável pela gestão da saúde do Vaticano, os agentes
pulverizaram "uma solução diluída à base de cloro, doseada para não
danificar superfícies preciosas e objetos de arte".
O local sagrado,
também templo do turismo de massa, foi fechado para turistas em 10 de março,
dia do início do confinamento de toda a Itália, principal foco da disseminação
do coronavírus que, até o momento, deixou mais de 31 mil mortes no país.
Desde o início da
pandemia, o Vaticano, um enclave no meio de Roma, decidiu aplicar os mesmos
padrões de saúde da Itália. A Basílica de São Pedro, como outras três basílicas
pontifícias, devem seguir a recomendação do Ministério do Interior italiano,
que limita o comparecimento a uma celebração religiosa em local de culto
fechado a 200 pessoas.
Nas missas, para a
distribuição individual das hóstias, o celebrante deve desinfetar as mãos, vestir
luvas de uso único e uma máscara protetora, depois largar a hóstia "sem
entrar em contato com as mãos dos fiéis", de acordo com o protocolo do
governo.
Os fiéis devem
dispensar a água benta e sentar um metro de distância um do outro.
Entradas controladas
A partir de
segunda-feira (18), a guarda do Vaticano, com a ajuda de voluntários da Ordem
de Malta, ficará encarregada de controlar as entradas da Basílica de São Pedro.
O uso de câmeras térmicas para medir a temperatura dos visitantes está em
estudo, mas apenas para grandes festas religiosas, diz o enclave.
O papa celebrará uma
missa na segunda-feira de manhã, que será transmitida por vídeo na basílica, em
frente ao túmulo de João Paulo II, por ocasião do centenário de seu nascimento.
A partir de terça-feira
(19), ele deixará de transmitir sua missa diária ao vivo da capela de sua
residência em Santa Marta, localizada logo atrás da basílica. Esse evento
matutino foi assistido por milhões de fiéis em todo o mundo, confinados e
impedidos de irem à igreja local.
A retomada das
celebrações religiosas em público na Itália a partir de segunda-feira,
inicialmente excluída por razões de saúde, foi decidida após um intenso esforço
entre o episcopado italiano e o governo.
Em pleno confinamento,
o papa argentino teve que celebrar o domingo de Páscoa em uma basílica de São
Pedro deserta. Quanto à tradicional "Via Crucis", ocorreu em uma
praça de São Pedro privada de fiéis. Uma imagem inédita, especialmente em comparação
com as 20 mil pessoas que geralmente estão presentes no anfiteatro romano do
Coliseu.
A Santa Sé não
especificou quando as audiências tradicionais de quarta-feira serão retomadas.
Jorge Bergoglio realizou sua última audiência ao ar livre em 26 de fevereiro,
apertando dezenas de mãos em plena epidemia.
A Cidade do Vaticano
teve oficialmente doze casos de contágio até agora, incluindo um prelado que
vive na mesma residência que o Papa Francisco.
Fonte:AFP
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