sexta-feira, 29 de maio de 2020

DE BABEL A PENTECOSTES: DA SEDE DE PODER A SEDE DE SERVIR.


imagens de internet
No próximo domingo celebramos o dia de Pentecostes. Desde a criação do mundo segundo o relato bíblico, Deus quis a harmonia e a fraternidade. Não durou muito, rompeu-se a harmonia pelo pecado da autossuficiência e o fraternidade pelo fratricídio. E o ultimo relato das origens de gênero mitológico é a torre de ´Babel (Gn,11 )que simboliza a sede ainda maior de autossuficiência e de poder.
Em Jesus o novo Adão, desce sobre ele no dia do seu batismo o espirito santo em forma de pomba que lembra a simplicidade (Lc, 3,22), Cheio do Espirito Santo Lc. 4 ,1 expressão que só ocorre na obra de Lucas. Sabemos que o Espirito Senhor prometido anunciado pelo profeta Isaias para o tempos messiânicos(61,1-2) é revelado em Jesus que lê o mesmo texto Lc. 4,17-19 mas omite a palavra vingança.
Em Jesus o rosto de Deus é purificado   da vingança e da sede de poder que os homens comumente atribuem a Deus para preencher seu vazio de sentido pela ausência de amor que nos faz servir com alegria recuperar a harmonia e a fraternidade universal.
No início do Atos dos apóstolos (1,16-20) a comunidade ainda sofre as consequências da fraternidade quebrada, pela sede de poder simbolizada por Judas, que se alia com os poderosos religiosos e políticos daquele tempo e matam Jesus, que deu esperança ao povo e estava atrapalhando os projetos das suas famílias que estavam no poder.
Os discípulos recebem o Espirito Santo em forma de vento que nos faz lembrar a criação e as línguas para lembrar a missão de anunciar o evangelho da liberdade, da vida, da paz, do amor e do perdão na cidade da paz Jerusalém para todos os povos.
A partir deste Pentecostes, os discípulos vão vivendo, entendendo e anunciando para que aconteça um outro   pentecostes que é descrito no capítulo 10 dos atos dos apóstolos.  Neste novo pentecostes, nós que não somos do povo de israel. somos acolhidos e chamados a fazer parte, do lugar onde moramos e não somente a partir de Jerusalém.
Hoje, quase 2.000 anos depois temos o compromisso de seguir testemunhando com nossas vida, gestos e palavras o mesmo espírito que repousou sobre Jesus, sobre os apóstolos e os primeiros cristão não judeus, o espírito  que nos inspira a fazer  o bem, a amar ,  sermos fraternos,  solidários,  em especial com os sofredores   deste mundo  que continua produzindo injustiças  pela sede de poder  esquecendo de  saciar a nossa sede de servir e amar que o criador plantou em nossa alma e em nosso coração como estava no coração de Jesus que veio para servir e não para dominar,
Pe. Antonio Rodrigues

 

 



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