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No próximo domingo celebramos o dia de Pentecostes.
Desde a criação do mundo segundo o relato bíblico, Deus quis a harmonia e a
fraternidade. Não durou muito, rompeu-se a harmonia pelo pecado da autossuficiência
e o fraternidade pelo fratricídio. E o ultimo relato das origens de gênero
mitológico é a torre de ´Babel (Gn,11 )que simboliza a sede ainda maior de
autossuficiência e de poder.
Em Jesus o novo Adão, desce sobre ele no dia do
seu batismo o espirito santo em forma de pomba que lembra a simplicidade (Lc,
3,22), Cheio do Espirito Santo Lc. 4 ,1 expressão que só ocorre na obra de
Lucas. Sabemos que o Espirito Senhor prometido anunciado pelo profeta Isaias
para o tempos messiânicos(61,1-2) é revelado em Jesus que lê o mesmo texto Lc.
4,17-19 mas omite a palavra vingança.
Em Jesus
o rosto de Deus é purificado da
vingança e da sede de poder que os homens comumente atribuem a Deus para
preencher seu vazio de sentido pela ausência de amor que nos faz servir com
alegria recuperar a harmonia e a fraternidade universal.
No início do Atos dos apóstolos (1,16-20) a
comunidade ainda sofre as consequências da fraternidade quebrada, pela sede de
poder simbolizada por Judas, que se alia com os poderosos religiosos e
políticos daquele tempo e matam Jesus, que deu esperança ao povo e estava
atrapalhando os projetos das suas famílias que estavam no poder.
Os discípulos recebem o Espirito Santo em forma
de vento que nos faz lembrar a criação e as línguas para lembrar a missão de
anunciar o evangelho da liberdade, da vida, da paz, do amor e do perdão na
cidade da paz Jerusalém para todos os povos.
A partir deste Pentecostes, os discípulos vão
vivendo, entendendo e anunciando para que aconteça um outro pentecostes que é descrito no capítulo 10
dos atos dos apóstolos. Neste novo
pentecostes, nós que não somos do povo de israel. somos acolhidos e chamados a
fazer parte, do lugar onde moramos e não somente a partir de Jerusalém.
Hoje, quase 2.000 anos depois temos o compromisso
de seguir testemunhando com nossas vida, gestos e palavras o mesmo espírito que
repousou sobre Jesus, sobre os apóstolos e os primeiros cristão não judeus, o espírito que nos inspira a fazer o bem, a amar , sermos fraternos, solidários, em especial com os sofredores deste mundo que continua produzindo injustiças pela sede
de poder esquecendo de saciar a nossa sede de servir e amar que o
criador plantou em nossa alma e em nosso coração como estava no coração de Jesus que veio para servir e não para dominar,
Pe. Antonio Rodrigues
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