Os
Bispos do Panamá concluem sua Assembleia ordinária exortando o governo a pensar
nos pobres, dar impulso aos sistemas da saúde e da educação e acabar com a
criminalidade e a corrupção; convidam também os panamenhos a reconstruir o
tecido social, com dinâmicas mais humanas, solidárias e fraternas.
Vatican News
Com
uma mensagem à nação, os Bispos panamenhos acabam de realizar sua Assembleia
Ordinária, de três dias, que ocorreu de 14 a 17 do corrente, na capital do país.
”Sinais
de esperança, preocupações e oportunidades” são os tópicos principais da
mensagem, de três páginas, dos Bispos panamenhos, além de uma visão global
sobre a Igreja e o país, após a pandemia do Covid-19.
O
episcopado do Panamá expressa sua preocupação com a situação do país, após a
pandemia, ao refletir, nestes dias, sobre como abater os muros da iniquidade, a
exclusão e a indiferença. Com efeito, afirmam, “os excluídos do desenvolvimento
são sempre os mais afetados pela pandemia, além das inúmeras pessoas e famílias
que, agora, se encontram sem trabalho e meios de subsistência”.
Como
pastores do Panamá constatam que os problemas que existiam antes continuam a
sobreviver à pandemia: “São vírus que corroem o tecido social, como a
corrupção, falta de credibilidade e ética, em todas as esferas da vida, que
levam a empobrecer, sempre mais, a grande maioria de pessoas”.
A
este triste panorama, os Bispos acrescentam uma série de problemas, que o
Panamá tem que enfrentar, em meio à pandemia, como o acesso à educação dos mais
empobrecidos e excluídos e ao sistema de saúde. “Além disso, - dizem os Bispos
– não podemos ignorar os altos índices de violência e criminalidade, em todas
as suas formas; o grito do povo contra a corrupção e a falta de transparência
na gestão pública; as contínuas demandas de condições melhores de vida: água,
moradia, saúde, educação, emprego decente e estável”.
Apesar
deste panorama sombrio e dos muitos desafios, os Bispos panamenhos destacam, em
sua mensagem, as oportunidades que esta crise pode oferecer, recordando as
palavras do Papa Francisco, quando se refere à pandemia: “Só se sai de uma
crise melhor ou pior, não como antes”. Por isso, o episcopado lança o desafio
de "reconstruir o tecido social", mediante dinâmicas que possam
tornar os panamenhos mais humanos, solidários e fraternos.
Seguindo
a orientação do Santo Padre “sobre a importância de unir a família humana na
busca de um desenvolvimento sustentável e integral”, os Bispos panamenhos
apelam para “a urgência de enfrentar, juntos, o desafio da pobreza e da
exclusão, o aquecimento global e a universalidade da globalização”. Pedem
também a todos "sacrifícios" para aliviar o sofrimento dos mais
vulneráveis, mediante "anticorpos" como a justiça, a caridade e a
solidariedade.
Para
a Conferência Episcopal Panamenha há muitos sinais de esperança, que demonstram
a nobreza de um povo, durante a pandemia: a solidariedade e a fraternidade de
muitas pessoas, organizações e instituições. A Igreja Católica consolidou suas
obras sociais e de misericórdia, graças ao compromisso permanente de seus
sacerdotes, consagrados e leigos. A Igreja doméstica, que é a família, também
se fortaleceu com o acompanhamento, por meio de plataformas digitais, com as
quais proporcionou uma nova dimensão pastoral.
Os
Bispos do Panamá concluem sua mensagem aos fiéis e à nação, dizendo:
“Reconhecemos, sem dúvida, que é o sopro do Espírito Santo, - como aconteceu
com os discípulos amedrontados no Cenáculo, - que nos dá a força para buscar
novos horizontes e formas de criatividade, para enfrentar os desafios de uma
pandemia, que coloca em evidência a fragilidade humana”.
Fonte:Vatican News
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