FRENTE PARLAMENTAR DA EDUCAÇÃO PEDE PRIORIDADE NA VACINAÇÃO DE PROFESSORES

Entre
os que já defenderam a prioridade aos profissionais, estão os prefeitos de SP
Bruno Covas, e do Recife, João Campos (ABr)
Imunidade
da categoria tem sido defendido, como forma de ampliar a retomada das aulas
presenciais
A Frente Parlamentar
Mista da Educação pediu prioridade na vacinação de professores em audiência com
o ministro da Educação Milton Ribeiro, nesta quinta-feira (04). O grupo também
cobrou atenção ao processo de reabertura das escolas, que passaram a maior
parte de 2020 fechadas. Secretário-geral da Frente, o deputado federal
Professor Israel Batista (PV-DF) também criticou o foco do governo federal no
"homeschooling" (ensino em casa), um dos 35 itens da lista de
propostas apresentadas pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso.
"A pauta de prioridades apresentada pelo presidente da República nos
frustrou um pouco. A grande prioridade tem de ser a volta às aulas",
afirma Batista. A Frente tem 301 deputados e 38 senadores. "O
'homeschooling' atinge sete ou oito mil famílias e temos cerca de 48 milhões de
alunos (da educação básica) no País." Segundo ele, pautas como formação
docente, ensino híbrido e a construção do Sistema Nacional de Educação - que
estabelece normas para a cooperação entre União, Estados e municípios - são
mais urgentes.
Para Batista, o Legislativo tem assumido protagonismo em debates do setor,
sobretudo na votação em 2020 do Fundeb, principal fundo para o financiamento do
ensino básico do País, que teve pouco envolvimento da gestão Bolsonaro.
"Temos trabalhado desde o início para evitar que o Congresso fique só na
discussão ideológica", diz o deputado.
Sobre a vacinação de professores, o Ministério da Saúde coloca a categoria no
grupo quatro de prioridades, após idosos, profissionais de saúde, indígenas e
pessoas com doenças crônicas. Ainda não há data para aplicar doses em
profissionais do ensino. "Seria importante colocar os professores no grupo
2, dada a emergência para a reabertura das escolas", defende Batista. Nas
contas do governo federal, são 2,3 milhões de docentes do ensino básico e
superior.
A imunização da categoria tem sido defendida por gestores, como forma de
ampliar a retomada das aulas presenciais. Entre os que já defenderam a
prioridade aos profissionais do setor, estão os prefeitos de São Paulo, Bruno
Covas (PSDB), e do Recife, João Campos (PSB).
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), prometeu esta semana acionar o Supremo
Tribunal Federal para antecipar a aplicação de doses em docentes. O número
limitado de doses, porém, é um entrave para acelerar a campanha nacional.
Especialistas em Educação reivindicam a prioridade dos professores na fila de
vacinação, mas dizem que a aplicação de doses não deve ser uma condição para a
volta às aulas. Entre os argumentos de médicos e educadores para a volta às
escolas estão evidências científicas sobre a segurança do retorno com
protocolos sanitários e o baixo risco de infecção entre os mais novos. Uma
parte dos especialistas em saúde, porém, está preocupada com a reabertura de
colégios em meio à alta de infecções e o avanço de mutações do vírus.
Agência Estado
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