quinta-feira, 17 de junho de 2021

CONSELHO PERMANENTE APROVA A REALIZAÇÃO DE CENSO DAS RÁDIOS CATÓLICAS DO BRASIL E DÁ OUTROS ENCAMINHAMENTOS




A reunião do Conselho Permanente da CNBB seguiu na parte da tarde desta quarta-feira, 16 de junho. Na ocasião, dom João Francisco Salm, presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, apresentou a proposta do Ano Vocacional 2023, a ser realizado de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023, finalizando na solenidade de Cristo Rei.

Dom Salm explicou que a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada elaborou um regimento para orientação e favorecimento das atividades. O regimento prevê a composição de uma coordenação geral; uma comissão central, para cuidar do planejamento e da organização do Ano; e comissões de trabalho.

Na sequência, os membros do Conselho puderam falar sobre suas expectativas com relação ao Ano Vocacional. Dom José Carlos Campos, bispo de Divinópolis (MG), sugeriu que o Ano focasse no trabalho das equipes vocacionais paroquiais e desse pistas para um trabalho vocacional de fato. “Precisamos criar pistas para ajudar criar links fecundos com adolescentes e jovens”.

Dom João Cardoso, bispo de Bom Jesus da Lapa (BA), disse que a equipe organizadora poderia aproveitar as contribuições do IV Congresso Vocacional do Brasil, a exemplo de criar uma cultura vocacional eficiente. ”Não podemos perder o foco da vocação sacerdotal e específica”.
Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina (PR), salientou que em tempos de missionariedade era importante que o Ano respondesse generosamente à questão missionária e fosse ao encontro de outras realidades. “Seria muito interessante uma campanha de fato nesse sentido, pois cresce o chamado para sermos missionários”.

Dom Salm agradeceu as contribuições e deixou claro que a proposta era atender a cada vocação específica. Já o padre João Cândido Neto, assessor da Comissão para os Ministérios ordenados e a Vida Consagrada, disse que desde a aprovação do Ano, a Comissão tem se reunido e pensado num tema que pudesse levar em conta o momento vivido pela Igreja, sobretudo para dar uma resposta de ânimo e importância no tempo da pandemia. “Nós estamos pensando a escolha de um tema, levando em conta esse aspecto da comunhão e missionariedade de toda a Igreja”, disse. O objetivo, segundo o padre, era que o tema contemplasse a todos, num espírito de comunhão.
Cartilha para as eleições 2022

Como de costume, a cada eleição, o regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) oferece uma cartilha com orientações políticas para os cristãos católicos. A produção do material tem a participação e colaboração da Assessoria Política da CNBB Nacional, a pedido da presidência da entidade. O subsídio é destinado a eleitores e candidatos, grupos de reflexão, paróquias e comunidades.

Na reunião do Conselho, além da Cartilha do Sul 2, os membros discutiram a legitimidade, por parte da Conferência, do material elaborado pelo Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), o Centro Nacional de Fé e Política Dom Helder Camara (Cefep) e a Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP). “Nas eleições passadas nós elaboramos uma espécie de texto-base e o mesmo ainda não foi assumido de forma oficial pela presidência da CNBB. Gostaríamos de abrir uma discussão quanto a isso e a proposta é que além da do Sul 2, nós abraçássemos esse produzido pelos três organismos”, disse dom Giovane Melo, presidente da Comissão para o Laicato da CNBB.

Sônia Oliveira, presidente do CNLB, acrescentou que o material produzido pelos três organismos teve mais de 1000 visualizações diárias no site do CNLB. “Mais de 80 mil downloads no site. Houve uma aceitação muito boa e, por isso, gostaríamos de fazer essa intervenção aqui”, disse.

Na ocasião, os membros do Conselho partilharam suas impressões. Dom Mario Spaki, bispo de Paranavaí (PR) concordou que uma opção não inviabilizaria a outra. Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba (PR), também não viu problema com a existência dos dois textos. “É uma oferta de reflexão e é bom que o façam. Não necessariamente um vá entrar em conflito com o outro. São duas reflexões diferenciadas e que certamente ajudarão o nosso povo”.

Dado o exposto, o Conselho acatou a iniciativa e dom Walmor de Oliveira Azevedo, presidente da CNBB, deixou a recomendação de que o Sul 2 e os organismos se articulassem da melhor forma para que pudessem oferecer os próximos materiais, mesmo que cada um a sua forma.
Comissão para a Comunicação da CNBB

Dom Joquim Giovani Mol, presidente da Comissão para a Comunicação da CNBB, apresentou alguns informes e ações da Comissão aos membros do Conselho.

Mutirão de Comunicação – Na ocasião, falou que o Mutirão de Comunicação 2021, que acontecerá nos dias 23 e 24 de julho, já conta com 2.312 inscritos, e que esse era “seguramente o maior evento de comunicação da Igreja no Brasil”. Disse ainda que o evento busca reunir todas as frentes de comunicação: assessoria, membros da pastoral da comunicação, jornalistas. “Esperamos que possamos ter no final de julho um momento muito importante e bonito de compromisso com a ação evangelizadora”.

Prêmios de Comunicação – A 53ª edição dos prêmios de Comunicação da Conferência também foi abordada por dom Mol. “Os prêmios são uma forma privilegiada de diálogo da CNBB para fora”, disse. O bispo explicou que esta edição será realizada em modalidade virtual, o que é exclusivo. “Identificado os ganhadores dos prêmios, nós vamos solicitar ao bispo de onde mora o ganhador do prêmio para entregar a ele o prêmio em nome da CNBB. Essa entrega será filmada pela TV Pai Eterno, que irá depois fazer uma transmissão em sua grade”, explicou.

1º censo das rádios de inspiração católica no Brasil – Dom Joaquim Giovani Mol convidou a Angela Morais, presidente da Rede Católica de Rádios (RCR), para apresentar ao Conselho a ideia de se realizar um censo, a fim de mapear as rádios católicas do Brasil. “Estamos elaborando um esquema, um roteiro para fazermos um censo das rádios católicas no Brasil, para que elas sejam melhor aproveitadas pelas igrejas do Brasil”, disse dom Mol.

Angela apresentou aos bispos um histórico da RCR, sua motivação. Disse que, atualmente, cerca de 300 emissoras estão vinculadas à RCR e que 50 emissoras transmitem o Jornal Brasil Hoje, da RCR. “Não temos um número concreto de emissoras e enxergamos que um censo é o caminho para mapeá-las”, disse.

A ideia é que para a realização do censo, a RCR trabalhe em parceria com a CNBB, a fim de contar com a força institucional da Conferência para envolver as emissoras e alcançar as devolutivas.

O Conselho, de uma forma geral, aprovou a ideia.
É tempo de Cuidar

Dom Mário Antônio da Silva, vice-presidente da CNBB, apresentou alguns números da Ação Solidária Emergencial “É tempo de Cuidar”, que chegou em sua segunda fase. Também convidou dois membros da Cáritas Brasileira, entidade que também ajuda a promover a iniciativa, para falar sobre a perspectiva da Campanha.

Irmã Cleusa, da Cáritas, falou sobre a Semana de Mobilização, realizada de 8 a 12 de junho e seus frutos. Já o Magalhães, da Cáritas Brasileira, apresentou os dados gerais da Campanha. Até o momento já foram mais de 1 milhão e 800 mil itens alimentícios arrecadados.
Repam

Também durante a reunião, o Conselho Permanente aprovou a recondução dos membros que farão parte da diretoria da Rede Eclesial Pan-Amazônica, a Repam. São eles: dom Erwin Kräutler, como presidente; dom Roque Paloschi, como secretário e dom Mário Antônio da Silva, como ecônomo. 

CNBB 

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