Depois de decolar às 06h00 em
um Alitalia A320 do aeroporto, o vôo que leva o Papa ao coração da Europa
pousou em Budapeste às 07h42 para a primeira etapa de sua Viagem Apostólica.
Depois de cerca de sete horas em território húngaro, Francisco parte para a
Eslováquia. Serão assim, 54 países em todo o mundo visitados desde o início do
Pontificado.
Vatican News
Com a partida na manhã deste
domingo, 12, do aeroporto de Fiumicino, em Roma - onde o Papa Francisco chegou
de carro da Casa Santa Marta pouco antes das 06h00 - teve início a 34ª Viagem
Apostólica deste pontificado. Quatro dias, entre a Hungria e a Eslováquia,
"marcados pela adoração e oração no coração da Europa", segundo as
intenções do próprio Pontífice, e confiados à intercessão de "tantos
heroicos confessores da Fé" que na Hungria e na Eslováquia testemunharam o
Evangelho "entre hostilidades e perseguição".
E no voo de Roma a Budapeste,
não faltou a saudação do Papa às populações da Itália e da Croácia, os dois
países sobrevoados. Ao presidente italiano Mattarella, os votos de
"serenidade e generoso empenho pelo bem comum", ao homólogo croata
Zoran Milanovic a oração e a bênção pela paz e pelo bem-estar da nação.
Durante o voo, ao saudar os
jornalistas, o Papa Francisco disse que essa viagem em particular tinha um
sabor de "despedida", pois “nos deixa o Mestre de Cerimônias” [Dom
Guido Marini], que se tornou bispo e depois nos deixa o “ditador de
plantão” [Dom Dieudonné Datonou], que também foi nomeado bispo, e dá lugar
na organização das viagens a Monsenhor George Jacob Koovakad (indiano), que
está sempre sorrindo, será um “ditador com sorriso”. É a primeira vez que isso
acontece no Pontificado. Situação semelhante ocorreu em janeiro 1964, quando em
Tabga, no Mar da Galileia, Paulo VI revelou que Jacques Martin se tornaria
bispo:
Logo após a aterrissagem, o núncio apostólico na Hungria, Dom Michael
A. Blumen, acompanhado pelo chefe do protocolo húngaro, entraram no avião para
saudar o Pontífice. O Papa então desce as escadas do avião da Alitália, sendo
saudado pelo vice-primeiro ministro. Jovens em vestes tradicionais
ofereceram-lhe flores. Não houve discursos. Logo após a acolhida oficial, com a
apresentação das delegações, o Santo Padre transferiu-se para o Museu das Belas
Artes, na Praça dos Herois, centro de Budapeste, onde encontra de forma privada
por cerca de meia hora na Sala Românica do Museus o presidente da
República, János Áder, e o primeiro ministro, Viktor Orbán. Na
sequência, o encontro com os 35 bispos do país, quando proferirá seu primeiro
discurso em terras húngaras. Ao final, o Papa se desloca para uma sala
adjacente para encontrar os representantes do Conselho Ecumênico das Igrejas e
algumas comunidades judaicas da Hungria. Serão cerca de 50 pessoas que ouvirão
o segundo discurso do Pontífice.
Temas de viagens
Martírio
e repressão, mas também missão evangelizadora, como ensinam os apóstolos dos
eslavos Cirilo e Metódio, e depois o diálogo ecumênico e inter-religioso e,
certamente, as questões europeias. Estes são os principais temas da
peregrinação que Francisco faz nos passos de João Paulo II, que visitou os dois
países mais de uma vez, em épocas e cenários diferentes, mas com a mesma
mensagem de paz e fraternidade.
Esta
é uma viagem de Francisco, anunciada desde o seu voo de regresso do Iraque em
2021, confirmada no Angelus do passado dia 4 de julho e fortemente desejada com
o propósito principal de participar no 52º Congresso Eucarístico Internacional
a decorrer em Budapeste, encerrando os seus trabalhos com a celebração da missa.
Francisco será o terceiro pontífice, nos tempos modernos, a participar de um
Congresso Eucarístico, depois de Paulo VI e João Paulo II.
A Statio
Orbis no coração da Hungria
Por
volta das 11h30, no papamóvel, o Papa Francisco atravessa a grande Praça dos
Herois dominada pelo Museu e que representa o coração do país com seus símbolos
mais importantes: a estátua de Santo Estêvão, o primeiro rei cristão da Hungria
unida, a Santa coroa a ele entregue pelo Papa Silvestre para sancionar um
vínculo muito estreito com a Santa Sé, e depois a dupla cruz do Cristianismo
junto com as estátuas que recordam os líderes das sete tribos fundadoras da
Hungria.
Precisamente
nesta praça, como já aconteceu em 1938, será concluído o Congresso Eucarístico
Internacional. Na época, estava o legado pontifício cardeal Eugenio Pacelli,
hoje será o Papa a celebrar a Missa com a conotação da Statio Orbis "uma
pausa de empenho e oração" em que as Igrejas particulares se unem em
comunhão com o Papa em torno do mistério eucarístico, para aprofundar a fé.
Portanto, uma celebração com valor universal.
Ao
final da Missa, a recitação do Angelus, e o deslocamento ao
aeroporto de Budapeste para a cerimônia de despedida e a partida, ainda a bordo
de um avião da Alitalia, para Bratislava, capital da Eslováquia, próxima etapa
da viagem.
Fonte: Vatican News
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