No dia 28 de outubro, a Igreja faz
memória de São Judas Tadeu, conhecido como o Santo das causas
impossíveis. São Judas, segundo antigas tradições, era primo de Jesus,
pois sua mãe, era prima da Virgem Maria e seu pai, Alfeu ou Cleofas, era primo
de São José, o esposo da Virgem e Pai terreno do Cristo. Judas e Tiago, seu
irmão, estavam entre os doze escolhidos para serem os primeiros discípulos de
Jesus.
Os historiadores o denominam como
Judas Tadeu, que significa cordato, benigno e corajoso, o que o diferencia do
Iscariotes, o traidor. Nascido em Caná da Galileia, São Judas e seu irmão Tiago
eram muito próximos da família de Jesus, portanto, eram conhecidos como irmãos
de Jesus, devido ao parentesco familiar e à proximidade com que viviam.
Sempre citado entre os escolhidos
para serem as colunas da Igreja de Jesus, Judas, no contexto da Última Ceia,
munido de coragem, fala a Jesus: “Senhor, porque razão hás de manifestar-te a
nós e não ao mundo? ”. Jesus responde-lhe: “Se alguém me ama guardará a minha
palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo
14, 22-23).
“São Judas Tadeu, comemorado
justamente no mês missionário, nos dá o exemplo de uma fé madura e da doação de
sua vida em favor da Missão confiada a ele e a todos nós, de sermos
anunciadores da Palavra e do Amor salvífico de Cristo, pois, com coragem e
destemor, testemunhou com o próprio sangue que Jesus é o Rei e Salvador de toda
humanidade”, afirma o bispo de Apucarana (SP), dom Carlos José.
Segundo dom Carlos, São Judas Tadeu
é invocado como o Santo das causas impossíveis, devido a uma revelação de Jesus
a Santa Brígida, na qual dizia: “Invocai com grande confiança ao meu apóstolo
Judas Tadeu. Prometo socorrer a todos quantos por seu intermédio a mim
recorrerem”, e a Santa Gertrudes: “Invoque São Judas Tadeu nos casos mais
desesperados”. Dessa forma, tornou-se grande o número de devotos que recorrem a
São Judas Tadeu nas tribulações e causas impossíveis a serem realizadas
humanamente.
Porém, ao fazer memória de São Judas
Tadeu, dom Carlos afirma que antes de tudo deve-se fazê-lo não apenas pelos
milagres que esse Santo de Deus alcança, mas sim por “Ele ter sido escolhido
pelo próprio Jesus para ser uma das doze colunas da Igreja de Cristo e,
guardando sua Palavra, como lhe respondeu Jesus na Última Ceia, manifestou ao
mundo o Amor do Pai pelos homens”.
“Neste mês missionário, peçamos
em nossas orações que São Judas Tadeu interceda para que sejamos
discípulos/missionários em todas as circunstâncias e lugares de nossa caminhada”,
exorta o bispo.
São Simão
São Simão e São Judas
Simão, o mais desconhecido dos 12
apóstolos — a respeito do qual o Evangelho se limita a indicar o nome e a
alcunha de “Zelota” —, teve o mérito de ter trabalhado pela propagação da
mensagem evangélica, não em vista de um lugar de honra, mas para o triunfo do
Reino de Deus sobre a terra.
Os bizantinos identificam-no com
Natanael, de Caná, e com o “mestre-sala” durante as bem conhecidas bodas,
quando Jesus transformou a água em vinho. Simão é ainda identificado com o
primo do Senhor, irmão de São Tiago Menor, ao qual sucedeu como bispo de Jerusalém,
nos anos da destruição da Cidade Santa pelos romanos.
Os armênios sustentam que ele
difundiu o Evangelho em sua região, onde teria sofrido o martírio. Seu campo
missionário é deduzido dos lendários Atos de Simão e Judas, segundo os quais os
dois apóstolos percorreram juntos as 12 províncias do Império Persa.
Também no Ocidente os dois apóstolos
aparecem sempre juntos. Em Veneza é dedicada a ambos a igreja de São Simão
Pequeno.
O apóstolo Judas (“não o
Iscariotes”, apressa-se em precisar o evangelista são João) é considerado pelos
galileus “irmão” (isto é, primo) de Jesus. Eles se perguntam, espantados com o
grande barulho que se fazia em torno da figura do Nazareno: “Não é este o
carpinteiro… irmão de Tiago […], Judas?”.
É provável, segundo alguns exegetas,
que Judas seja o esposo das bodas de Caná. O primeiro a fazer tal suposição foi
o historiador Eusébio, para explicar sua presença como missionário na Arábia,
na Síria, na Mesopotâmia e na Pérsia. Sempre segundo a tradição, teria sofrido
o martírio em Arado ou em Beirute. Ele é ainda identificado com o autor da
carta canônica que leva seu nome, um breve escrito de 25 versículos, no qual
lança uma severa advertência contra os falsos doutores e convida à perseverança
na fé genuína.
Com informações da Arquidiocese de São Paulo. Foto de capa:
Douglas Cândido/ Pascom Santuário São Judas Tadeu
Nenhum comentário:
Postar um comentário