Um
fazendeiro ara campo de trigo no interior da cidade de Qamishli, no nordeste da
Síria, em 18 de setembro de 2021 (Delil SOULEIMAN/AFP)
Indicador
que mede a variação mensal dos preços internacionais da cesta básica continua
se aproximando de seu nível máximo
Os preços mundiais dos
alimentos voltaram a subir em setembro, "devido à restrição da oferta e à
forte demanda" por alimentos básicos, como trigo e óleo de palma -
anunciou a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Agricultura
(FAO), na última quinta-feira (7).
O Índice de Preços dos
Alimentos da FAO aumentou 1,2% em relação a agosto, chegando a 130 pontos, e
32,8%, em um ano.
O indicador, que mede
a variação mensal dos preços internacionais da cesta básica, continua se
aproximando de seu nível máximo (137,6 pontos), registrado em fevereiro de
2011.
Em setembro, o preço
global dos cereais aumentou 2% em comparação com o mês anterior. O preço
mundial do trigo, por exemplo, subiu 4% em um mês, e 41%, em um ano. O preço do
arroz também aumentou. No caso do milho, o aumento foi moderado, de 0,3% em um
mês (+38% em um ano).
"A melhora das
perspectivas das safras mundiais e o início das colheitas americana e ucraniana
compensaram, amplamente, o impacto das perturbações portuárias relacionadas aos
furacões nos Estados Unidos", explicou a FAO.
"Entre os
cereais, o trigo estará no centro das atenções nas próximas semanas, já que a
demanda deve ser posta à prova ante o rápido aumento dos preços", afirma o
economista-chefe da FAO, Abdolreza Abbassian, citado no comunicado.
A FAO prevê uma
produção de cereais sem precedentes em 2021, mas sempre inferior às
necessidades de consumo.
Em relação aos óleos
vegetais, o preço mundial aumentou 1,7% em um mês (+60% em um ano). O óleo de
palma alcançou "um teto em dez anos, devido à forte demanda mundial e à
escassez de mão de obra migrante que afeta a produção na Malásia", completou
a organização.
AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário