Enquanto
em Chipre o apóstolo Barnabé guiou as reflexões do Papa, na Grécia o Pontífice
se inspirou em Paulo, que inaugurou um “laboratório de fé” para a inculturação
do Verbo.
Bianca Fraccalvieri – Vatican News
O
Papa Francisco encerrou seus compromissos públicos em Atenas reunindo-se com a
comunidade católica na Catedral de São Dionísio.
Antes
de se dirigir a Bispos, Sacerdotes, Religiosos e Religiosas, Seminaristas e
Catequistas, o Pontífice ouviu a saudação do presidente da Conferência
Episcopal Grega, Dom Sevastianos Rossolatos, e os testemunhos de uma freira e
de um leigo.
Ouça a reportagem completa com a voz do Papa
Francisco
Paulo e o "laboratório de
fé"
Enquanto
em Chipre o apóstolo Barnabé guiou as reflexões do Papa, na Grécia o Pontífice
se inspirou em Paulo, que inaugurou um “laboratório de fé” para a inculturação
do Verbo.
Francisco
ressaltou de modo especial duas características de sua missão: a confiança e o
acolhimento. Em Atenas, Paulo estava só, em minoria e com escassa probabilidade
de sucesso. Mas não se deixou vencer pelo desânimo:
“Eis
a atitude do verdadeiro apóstolo: prosseguir com confiança, preferindo mais o
incômodo das situações inesperadas que a rotina e a repetição.”
Esta
coragem de Paulo, acrescentou o Papa, vem de Deus, que gosta de atuar na nossa
pequenez.
“A nós, como Igreja, não é pedido o espírito da conquista e da vitória, a
magnificência dos grandes números, o esplendor mundano. Tudo isto é perigoso. É
a tentação do triunfalismo. A nós, é-nos pedido para aprender com o grão de
mostarda, que, apesar de ínfimo, humilde e lentamente cresce.”
O
segredo do Reino de Deus está contido nas pequenas coisas, naquilo que
frequentemente não se vê nem faz rumor. Ser minoria – e, no mundo inteiro, a
Igreja é minoria – não quer dizer ser insignificante, disse ainda Francisco.
Portanto, “coragem”!
Não impor, mas propor
Já
o segundo aspecto – o acolhimento – está ligado à evangelização. Paulo respeita
seus interlocutores, reconhece neles uma sensibilidade religiosa, estão em
busca do “Deus desconhecido”. De fato, disse o Papa, evangelizar não é encher
um recipiente vazio, mas reconhecer as sementes que Deus já plantou antes da
nossa chegada.
“Paulo
acolhe o desejo de Deus escondido no coração daquelas pessoas e, com gentileza,
quer comunicar-lhes o assombro da fé. O seu estilo não é impositivo, mas
propositivo. Não se baseia no proselitismo, mas na mansidão de Jesus.”
Assim
também devem atuar os católicos hoje, com este espírito de acolhimento:
“De coração, desejo que possam continuar o trabalho no seu histórico
laboratório da fé e que o façam com estes dois ingredientes, a confiança e o
acolhimento, para saborear o Evangelho como experiência de alegria e
fraternidade.”
Fonte:Vatican News
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