O PAPA: DEVEMOS USAR OS BENS DESTE MUNDO PARA CUIDAR DOS MAIS FRACOS
"Para herdar a vida eterna não
é necessário acumular os bens deste mundo, mas o que conta é a caridade que
teremos vivido em nossas relações fraternas. Eis então o convite de Jesus: não
usai os bens deste mundo somente para vós mesmos e vosso egoísmo, mas vos servi
deles para gerar amizades, para criar boas relações, para agir em caridade,
para promover a fraternidade e para exercer o cuidado com os mais fracos":
disse o Papa no Angelus deste XXV Domingo do Tempo Comum
Raimundo de Lima
- Vatican News
"Somos chamados a
ser criativos em fazer o bem, com a prudência e a astúcia do Evangelho, usando
os bens deste mundo - não apenas os bens materiais, mas todos os dons que
recebemos do Senhor - não para nos enriquecer, mas para gerar amor fraterno e amizade
social."
Foi o que disse o Papa
no Angelus, ao meio-dia deste domingo, 18 de setembro, XXV Domingo do Tempo
Comum. Na alocução que precedeu a oração mariana, Francisco ateve-se à página
do Evangelho do dia (Lc 16,1-13), que traz a parábola do administrador infiel,
uma parábola um poco difícil de entender, disse o Santo Padre.
Jesus conta uma
história de corrupção: um administrador desonesto, que rouba e depois,
descoberto por seu senhor, age com astúcia para sair dessa situação. Nós nos
perguntamos: em que consiste essa esperteza e o que Jesus quer nos dizer?
Também nós podemos ser sagazes segundo o Evangelho
Em vez disso - diz Jesus -, também poderíamos ser sagazes segundo
o Evangelho, estar acordados e atentos para
discernir a realidade, ser criativos para
buscar boas soluções, para nós mesmos e para os outros.
Francisco precisou que há também outro ensinamento que Jesus nos
oferece. Pois em que consiste a esperteza do administrador? Ele decide dar um
desconto para aqueles que estão endividados, e assim faz amizade com eles,
esperando que sejam capazes de ajudá-lo quando o senhor o expulsará. Primeiro
acumulava as riquezas para si mesmo, agora ele as usa para fazer amigos que
podem ajudá-lo no futuro. Jesus, então, nos oferece um ensinamento sobre o uso
dos bens:
"Fazei amigos da
riqueza desonesta, para que, quando ela vier a faltar, eles vos recebam nas
moradas eternas" (v. 9). Ou seja, para herdar a vida eterna não é
necessário acumular os bens deste mundo, mas o que conta é a caridade que
teremos vivido em nossas relações fraternas. Eis então o convite de Jesus: não
usai os bens deste mundo somente para vós mesmos e vosso egoísmo, mas vos servi
deles para gerar amizades, para criar boas relações, para agir em caridade,
para promover a fraternidade e para exercer o cuidado com os mais fracos.
Somos
chamados a ser criativos em fazer o bem
Também
no mundo de hoje existem histórias de corrupção como aquela que o Evangelho nos
conta, observou o Papa, condutas desonestas, políticas iníquas, egoísmos que
dominam as escolhas de indivíduos e das instituições, e muitas outras situações
obscuras.
Mas nós cristãos não podemos
desencorajar-nos ou, pior ainda, deixar as coisas passar, permanecer
indiferentes. Pelo contrário, somos chamados a ser criativos em fazer o bem,
com a prudência e a astúcia do Evangelho, usando os bens deste mundo - não
apenas os bens materiais, mas todos os dons que recebemos do Senhor - não para
nos enriquecer, mas para gerar amor fraterno e amizade social.
Francisco
convidou-nos a orar para a Virgem Maria, a fim de que nos ajude a ser como ela
pobres em espírito e ricos em caridade mútua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário