Francisco durante a recente viagem a republica Democratica do Congo
e Sudão do Sul( 04.02.2023) Vatican Media
"Perguntamo-nos
como celebrar este aniversário nos meios de comunicação social do Vaticano, e
dos nossos diálogos surgiu a ideia de não sermos nós a falar do Papa Francisco,
mas de dar espaço ao que o seu testemunho e o seu Magistério suscitaram ou
ajudam a crescer. Assim, escolhemos dar a palavra às testemunhas, nas mais
diversas situações do mundo. Àqueles que todos os dias reconhecem o rosto do
Nazareno no sofrimento, nos descartados, nos distantes", lê-se no
Editorial de Tornielli e Monda
Andrea
Tornielli
e Andrea Monda
Na
noite de 13 de março de 2013, Jorge Mario Bergoglio apareceu pela primeira
vez na varanda central da Basílica de São Pedro vestido de branco. Juntamente
com a homenagem afetuosa ao seu predecessor emérito, a sua saudação inicial já
continha alguns traços salientes do pontificado: a ênfase em ser o Bispo de
Roma, a Igreja «que preside na caridade a todas as Igrejas»; a centralidade do
povo fiel de Deus ao qual o novo Pastor pediu uma bênção antes de a conceder; a
oração por «uma grande fraternidade» no mundo dilacerado pela injustiça,
violência e guerras. Nos dias que se seguiram, o Papa explicou o significado do
nome que quis assumir, ligando-o ao sonho de «uma Igreja pobre e para os
pobres»: Francisco de Assis, disse ele, é «o homem da pobreza, o homem da paz,
o homem que ama e protege a criação». E alguns meses depois, em novembro do
mesmo ano, o Papa publicou a exortação Evangelii gaudium,
verdadeiro roadmap do pontificado, pedindo aos cristãos que
testemunhem com a própria vida a alegria do Evangelho, para levar a toda parte,
e em particular aos que mais sofrem, a proximidade e a ternura de um Deus que
perdoa, acolhe, abraça.
Dez
anos mais tarde, perguntamo-nos como celebrar este aniversário nos meios de
comunicação social do Vaticano, e dos nossos diálogos surgiu a ideia de não
sermos nós a falar do Papa Francisco, mas de dar espaço ao que o seu testemunho
e o seu Magistério suscitaram ou ajudam a crescer. Assim, escolhemos dar a
palavra às testemunhas, nas mais diversas situações do mundo. Àqueles que todos
os dias reconhecem o rosto do Nazareno no sofrimento, nos descartados, nos
distantes. Àqueles que contam pequenas grandes histórias que documentam o poder
inerme do amor e o milagre do perdão em contextos de ódio ou indiferença. Cada
uma delas descreve a reverberação de um dos temas principais do pontificado,
compondo um mosaico que reacende a esperança. Uma esperança que é possível,
apesar dos muitos sinais sombrios a que infelizmente assistimos, o primeiro dos
quais é o risco cada vez mais concreto para a humanidade de se autodestruir.
Dar
voz às testemunhas pareceu-nos a forma mais apropriada de nos sintonizar com o
povo de Deus que ama Francisco e continua a rezar por ele. Aquele povo segue o
Papa, e juntamente com ele dirige-se a Jesus com as palavras de Pedro,
reconhecendo a fonte de esperança e salvação: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo».
Ad
multos annos Santo
Padre!
Fonte: Vatican News
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