O
Conselho Episcopal Pastoral (Consep), com nova formação após o processo eletivo
na 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se
encontra na sede da Conferência, em Brasília (DF), de 23 a 24 de maio, para a
primeira reunião de gestão do quadriênio 2023-2027. Integram o Consep, segundo
o Estatuto da CNBB, os quatro membros da presidência da entidade, os
presidentes das 12 comissões episcopais, assessores e convidados dos organismos
da Igreja no Brasil.
Núncio
apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, abre a reunião do Consep. |
Fotos: Luiz Lopes/Willian Bonfim – Ascom CNBB.
O
núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, participou da abertura
da reunião. Ao agradecer a presença do representante do Papa Francisco, o novo
secretário-geral da CNBB e coordenador da reunião, dom Ricardo Hoepers,
destacou que os membros do Consep estão vivendo um momento histórico com o
processo do Sínodo.
“Estamos fazendo acontecer as coisas que não são nossas. São de
Deus, como a evangelização. Estamos vivendo, como Consep, um caminho que ficará
gravado no nosso coração”, disse.
Para
contextualizar os novos bispos que integram o Consep, os membros da presidência
apresentaram os passos feitos pela nova presidência. “Continuidade” foi a
palavra que o arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, dom Jaime
Spengler, usou para sintetizar o desejo expresso pela 60ª Assembleia Geral da
CNBB.
“Somos quatro membros da presidência, nenhum mais importante que o outro.
Somos todos, presidência e membros do Consep, responsáveis por levar adiante
esta missão que a Assembleia nos confiou, sempre à luz das Diretrizes Gerais da
Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), que o Senhor nos ajude e
deixemo-nos orientar uns pelos outros, fazendo o nosso melhor para a obra da
evangelização na Igreja no Brasil”, disse.
O
arcebispo de Goiânia (GO) e primeiro vice-presidente da CNBB, dom João Justino
de Medeiros, recordou que na primeira reunião da atual presidência, ainda em
Aparecida (SP), foram apresentados como caminhos a seguir o tema da
continuidade do que está dando certo, sobretudo no aspecto da gestão eclesial e
pastoral levado a cabo pela presidência anterior, e a necessidade de aprofundar
pontos que precisam avançar na caminhada da Igreja no país.
O
bispo de Garanhus (PE) e segundo vice-presidente da CNBB, dom Paulo Jackson
Nóbrega de Sousa, em referência aos avanços na gestão eclesial e pastoral,
apontou também a necessidade de a CNBB expandir e planificar a gestão junto às
dioceses e aos 19 regionais da Conferência. “Como podemos cooperar neste grande
processo de planificação para construir uma sociedade marcada pela cultura do
diálogo e do encontro?”, questionou.
O
novo secretário-geral da CNBB apresentou aos participantes uma visão geral do
processo de transição desde a sua chegada à sede da entidade. O bispo disse que
encontrou na CNBB um corpo técnico com alto grau de profissionalismo,
compromisso e senso de evangelização. Destacou também o avanço no campo da
transparência na gestão, conquista, em sua avaliação, consolidada e ampliada
nos últimos quatro anos da última presidência.
Dom
Ricardo falou ainda sobre as primeiras reuniões que participou desde sua
chegada: Avaliação Gerencial Mensal, com os coordenadores de departamento da
CNBB, Edições CNBB, Centro de Convivência e Fortalecimento de vínculos
‘Correndo atrás de um sonho’. “Qualquer número e detalhe de cada departamento
podemos ter acesso imediatamente. Nós temos um mundo aqui e as necessidades do
mundo desembocam também aqui. Só no dia a dia temos a noção da importância e a
dimensão deste espaço”, disse.
Pistas pastorais
Após
este primeiro momento, a coordenação da reunião abriu a palavra para as
considerações dos bispos presidentes das Comissões Episcopais e
assessores. O assessor da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação,
Danilo Pinto, apontou a necessidade de avançar no novo quadriênio, a exemplo do
trabalho feito nos últimos quatro anos com os departamentos na sede, no
estabelecimento de indicadores para o trabalho das comissões episcopais. Ele
citou, como exemplo, que a sinodalidade e a amizade social, duas categorias trabalhadas
pelo Papa Francisco, poderiam balizar a construção destes indicadores. Ele
reforçou também a necessidade de ter um programa de ambientação para os novos
assessores que chegarão para o trabalho nas comissões.
O
bispo de Rondonópolis–Guiratinga (MT) e novo presidente da Comissão Episcopal
para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB, dom Maurício da
Silva Jardim, também reforçou a necessidade de todas as comissões terem um “fio
condutor” que oriente a ação pastoral na produção e condução de processos
com linhas comuns.
O
bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e presidente da Comissão Episcopal para a
Doutrina da Fé, dom Joel Portella Amado, ratificou a necessidade de ter “fios
condutores” comuns e também da necessidade de a CNBB desenvolver iniciativas na
linha da amizade social, do perdão e da reconciliação. O arcebispo de Santa
Maria (RS) e presidente da Comissão Episcopal para a Animação
Bíblico-Catequética, dom Leomar Antônio Brustolin, falou da importância de não
organizar a ação pastoral da CNBB em torno a temas mas em torno de processos.
Ainda
na primeira sessão da reunião, os bispos discutiram o papel do Consep à luz das
definições dos novos Estatuto e Regimento da CNBB. O presidente da instituição,
dom Jaime Spengler, e o segundo vice-presidente, dom Paulo Jackson,
apresentaram reflexões em torno da 39ª assembleia do Conselho Episcopal
Latino-Americano e Caribenho, evento do qual participaram recentemente
representando a CNBB e no qual dom Jaime foi também eleito para presidir o
conselho.
Também
foram apresentadas, na primeira parte da reunião, pelo então assessor político
da CNBB, padre Paulo Renato, as linhas gerais do trabalho de relações
instituições e governamentais desenvolvido nos últimos sete anos na entidade. A
primeira parte da reunião foi concluída com um almoço oferecido aos membros do
Consep pela Nunciatura Apostólica no Brasil. Na segunda parte da reunião, os
bispos aprofundaram as propostas para tema e lema da Campanha da Fraternidade
2025.
Fonte:cnbb.org.br
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